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Artigos-->Quando bate uma Saudade... Ah... -- 10/07/2003 - 15:42 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Privilegiada sou eu em ter UM AQUARIANO como amigo!

Meu pai era aquariano, Guima. E que pessoa... Ele só não teve tantos privilégios como você, nesta existência, pelo menos.

De miserável, passou a comerciante de médio porte. Deu-se relativamente bem. Mas, como tinha um grande coração, vendia fiado a todos da redondeza e acabou mal... Faliu!

Voltou ao estado miserável quando ainda éramos pequenas. Mas, como sabia muito bem "arregaçar as mangas" saiu à cata de algo para fazer e foi parar na Santa Casa de Misericórdia do Rio que "misericordiosamente" lhe deu uma colocação de coveiro. Isso mesmo! "Coveiro"... Por que não?

E eu me orgulho muito em dizer que ele nos sustentou alguns anos com o mísero salário de coveiro...

Depois, percebendo-lhe o tino de liderança, começaram a promovê-lo. Nada pomposo, pois ele não tinha grande instrução. Foi promovido, então, a chefe dos coveiros; o que já era um grande avanço, pois mandava alguma coisa lá no Campo Santo... Isto é: tinha certa autoridade.

E se orgulhava do que era.

Mais orgulhoso ficou, anos depois, quando, ao sair do cemitério, de bicicleta, que era a única condução que possuía na época, acabou sendo atropelado por um ônibus que lhe danificou um dos braços.

Isso valeu-lhe uma boa indenização e um seguro acrescentado ao seu salário mensal, que já não era tão mísero.

Meu velho, após passado o perigo de perder o braço, ria-se dizendo:

- "Porra! Se eu soubesse que em "me fuder" contra um ônibus daria tantos lucros, teria jogado uma perna, também, talvez me saísse um bônus triplificado!"

Meu pai era legal demais! Embora um pouco "casmurro"; desses que não dá muita trela para filhos para não perder a moral. Mas tinha um coração de manteiga.

E era um privilegiado, sim! Conseguiu criar, e muito bem, três filhas: minhas duas irmãs - Candinha e Ceição - e eu, a ousada e trapalhona, "um foguete", dizia ele. Dizia, também, que não teve o filho varão, que tanto desejava, mas que eu valia por dez, de tão abusada e destemida.

E o véio tinha razão, Guima... Não tenho medo de nada. Nem da morte...

Era esperto, meu pai. Muito ativo. Trabalhou a vida inteira e morreu do jeito que desejava: repentinamente.

Tenho saudades. Vejo seu rosto, muito lindo, olhos de um azul-esverdeado muito brilhante e um rosto saudável, sem uma ruga sequer, aos seus setenta e cinco anos...



Obrigada, amigão... Não fosse você, eu não estaria, agora, sendo presenteada com esta doce lembrança de minha saudade...



Um grande abraço!

Milazul-Azul...

PS. Sou sagitariana (15/12), audaciosa, temperamental, mas carinhosa ao extrtemo, na mesma dosagem...


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