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cronicas-->Eu sou Ademir Santos. -- 30/05/2011 - 08:26 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

Ademir dos Santos

 

Saio do capitulo Rosa Cruz Santo Ângelo, ainda atordoado pela quase derrubada, demoro mais do que o normal para dar a partida na Deserter. Erro por uma duas vezes o local de passar o chaveiro do antifurto. Fico pensando, em toda a coleção de enganos, das pessoas, que fui curtindo durante toda a minha vida, sem pensar nunca ter de passar por uma assim, até que um dia para safar-me de um aperto, eu entro numa delas.

Contou-me, por verdade, Sergio Velasques, sobre um Argentino, especialista em Euclides da Cunha Lopes, dando uma palestra em Bagé, sobre esse assunto. No decorrer da palestra o comandante do regimento tentou apartar o palestrante:

“Não foi assim que aconteceu”

Foi sim, eu estudei profundamente a vida e morte de Euclides da Cunha Lopes. Sou mestre em história do Brasil.

E assim por diante fez desfilar toda sua capacitação, Principalmente sobre a vida arte e morte de Euclides da Cunha Lopes.

Voltando a palestra não sem antes de o seu apartado pedir para falar com ele após.

Terminada a palestra o referido oficial foi procurar o palestrante reafirmando:

Eu tenho um motivo muito forte para lhe afirmar que não foram assim que aconteceram os fatos, sendo interrompido com jorre de explicações e citações sobre todas as capacitações do palestrante em um portunhol carregadissimo de castelhano. Quando acabou ouviu do interlocutor:

Eu sou o Coronel Dilermando de Aguiar, o Cadete que, no dia 15de agosto de 1909 o matou, com quatro tiros, em legitima defesa.

Em Pelotas, quando Cheguei ao Capão do Leão em 1957, muito circulava esta história do Joaquim Oliveira.

Joaquim Oliveira era um português chegado a pelotas muito pobre. Colocou um bolicho de secos e molhados entregando ranchos em uma carrocinha de duas rodas e um cavalo, chegando a um forte atacado, precursor da Rede de Super Mercados Real.

Acontece que ele vendeu uma partida muito grande de feijão para outro atacadista em São Paulo. Algum tempo depois recebeu uma carta do cliente informando-o que o feijão recebido estava estragado fora dos padrões de comercialização do estabelecimento.

    Joaquim Oliveira respondeu dizendo que se o feijão não prestasse jogasse-o fora, pois seria antieconômico trazê-lo de volta para dar em Pelotas o mesmo destino.

Dias após aparece no cliente um português calçando tamancos, dizendo-se comerciante forte de cereais e querendo comprar feijão em quantidades grandes. Após inspecionar a mercadoria e pedir garantias da sua origem, foi informado de tratar-se de mercadoria muito boa adquirida do Atacadista Joaquim Oliveira de Pelotas Rio Grande do Sul. Sendo respondidos de pronto:

Joaquim ‘Olibeira’ sou eu e ‘bim’ receber meu dinheiro.

Joaquim Oliveira embora muito rico nunca deixou de calçar tamancos, talvez a única vês na vida que usou sapatos foi para ser enterrado, conforme os comentários em Pelotas  

Quando o meu filho curava a Faculdade de Direito, uma professora dura de esquerdista, PT pelos quatro costados. Revirando a seu belo prazer, os tempos da ditadura militar, chega ao Relatório Saraiva. Raymundo Saraiva o homem que quando adido militar da embaixada Brasileira em paris, denunciou um esquema de propina do então ministro Delfin Neto na compra da Usina de Tucurui.  Ao entrar neste assunto por diversas vezes sofre as tentativas de aparte de um aluno, o mais velho da turma. Defendendo-se sempre por seus elevados conhecimentos e estudos sobre os problemas ocorridos nos ditos “Anos de Chumbo”.

Na sua próxima aula o referido aluno vem municiado com um gravador de fita, propondo-se a transmitir sua conversa na noite anterior com o então Coronel Saraiva, onde ele faz perguntas e recebe respostas sobre o que ouviu na aula anterior, desmascarando assim a impostura da professora. Colocando ao fim:

Eu sou filho General Leo Guedes Etchegoyen, citado nesse relatório que a senhora diz conhecer tão bem, mas foi incapaz de ligar meu nome a esse relatório.

Remoendo-me ao comparar estes fatos a tantos outros por mim colecionado, entro na BR 285, quase em arriscado piloto automático. Não me sai da cabeça o quanto me arrisquei a uma derrubada semelhante. E Ca com meus botões pensei:

Onde eu estava com a maldita cabeça, quando tive a feliz idéia?

Foi um enfeitinho desnecessário.

Tudo começou a dois meses, quando fui visitar o Capitulo Rosa Cruz Santo Ângelo e, acabei sendo convidado, pelo mestre do Pronaos Carlos Rosselete, para apresentar uma palestra lá, hoje.

Estudei, pesquisei e, acabei me refugiando em Salomão o Justiceiro dos Justiceiros em uma frase sua de todas as coisas somente três eu nunca entendi principalmente uma:

Os caminhos da mente do homem

Trabalhosa e cuidadosamente fui montando meu trabalho sobre a mente humana.

Quando passei a freqüentar o Pronaos Cruz Alta La nos idos do fim da década de oitenta muito ouvi falar de uma palestrante que na época morava em Brasília, Ademir Santos.

Como aprendi no colégio meus trabalhos sempre foram recheados de citações e naquele caso, nada melhor do que usar aquele nome tão conhecido nas Região RS3 da Rosa Cruz.

Durante a palestra sobre o comportamento e as reações humanas eu coloquei e bem interessante lembrar Salomão, citado por Ademir dos Santos em Palestra, para simpatizantes da Rosa Cruz em Santo Augusto:

De todas as coisas deste mundo somente três eu não consegui entender, os caminhos da cobra na pedra quente, os caminhos do navio em mar revolto e os caminhos da mente humana.

Acabada a citação alguém da platéia, pede para repetir o nome do palestrante e o local da palestra, repeti, sentindo algo estranho na minha platéia.

Quando estou quase embarcando na Deserter, aquela pessoa alcança-me e me diz:

 Ademir dos Santos sou eu e nunca estive em Santo Angusto, também nunca em lugar nenhum, a menos que esteja sofrendo de Alzheimer, usei frase nenhuma de Salomão.     

 

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