Estar sob o manto do anonimato e poder berrar ao mundo (nem que seja um insípido mundo digital) o que explode no peito, é irresistível.
Não é maravilhoso?
Até hoje não me era dada permissão para compartilhar essa extrema sensação de felicidade e ainda, essa sensação era esfumada pelos dedos acusadores das falsas moralidades que me pesavam .
Penso que esses dedos sempre estarão lá, mas pelo menos posso gritar a quem quiser me ouvir ou me ajudar nas incoerências de amar.
Hoje eu posso dizer que amo.
Não te entristeças e nem te envaideças posto que não amo a pessoa mas sim os sentimentos.
Amo tentar te adivinhar. Amo descobrir teu sonhar. Estranhamente, nesse descobrir adivinho, tens mente mas não tens face;
Amo fantasiar loucuras. Amo imaginar ternuras. Estranhamente, nesse imaginar fantasioso, tens cheiro, tens calor, mas não tens forma.
Serias virtual? Não meu amigo, és integralmente real. Como é real o sobressalto ao tocar do telefone, como é real o arrepio na espinha ao sentir tua voz.
Estou confusa.
Poderia jurar que gosto mais do sobressalto e do arrepio do que da voz. Mas sem tua voz os primeiros não existiriam. Sem tua face e tua forma eu estaria impedida de sonhar.