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Artigos-->A REVOLUÇÃO e a INSTITUIÇÃO -- 08/07/2003 - 13:09 (Ricardo Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A REVOLUÇÃO e a INSTITUIÇÃO



Ricardo Oliveira



Já assisti a muitos discursos. Alguns fundados apenas na projeção de pequenos ‘Egos’. Outros porém, bem elaborados, mas que algumas vezes acabavam se projetando na vala comum das misturas textuais ou contextuais que nada esclarecem, nada explicam e que não dão uma visão qualquer a respeito das falas.



Alguns segmentos da sociedade são hábeis nestes discursos. Advogados, jornalistas, locutores de rádio, religiosos, ‘políticos de profissão’, enfim, principalmente aqueles que fazem uso da palavra por meio oral ou escrito para criarem uma imagem ‘sua’ e ‘daquilo’ que buscam descrever.



Dá-se a isso o nome de dialética: dialética . [Do gr. dialektiké (téchne), pelo lat. dialectica.] S. f. 1. Filos. Arte do diálogo ou da discussão, quer num sentido laudativo, como força de argumentação, quer num sentido pejorativo, como excessivo emprego de sutilezas. 2. Filos. Desenvolvimento de processos gerados por oposições que provisoriamente se resolvem em unidades. 3. Hist. Filos. Conforme Hegel (v. hegelianismo), a natureza verdadeira e única da razão e do ser que são identificados um ao outro e se definem segundo o processo racional que procede pela união incessante de contrários - tese e antítese - numa categoria superior, a síntese. 4. Hist. Filos. Segundo Marx (v. marxismo), o processo de descrição exata do real.



Qual a razão de postar o significado de dialética do dicionário?



Eu o faço porque a grande maioria usa da dialética não como Arte no Discurso mas como a função de ‘contraditar’ com o propósito não de buscar superar a ‘dúvida possível’ mas, com o propósito de criar a ‘dúvida formal’ que faz parte da natureza humana.



Podemos usar alguns artifícios que os impactam. Lembro-me de uma novela em que um personagem, denominado ‘Zé Galinha’, respondia sempre ao Coronel “Mas i éh!”



A concordância com o discurso não revela, de pronto, uma aprovação e, colocada ironicamente, remete ao ‘discursante’ as dúvidas de seu ‘saber’. Ou o discursante se sente envaidecido e ‘feliz’, ou procurará outra presa para tentar ‘esclarecer’ e dar notícia daquilo que só ele vê e acredita.



Dois amigos meus escreveram textos. Um deles nomeou seu texto ‘Do porque que nada funciona’ o outro, tinha o seguinte título: ‘O Direito de Revolução’.



A escolha do título já revela o conteúdo do mesmo. Regra geral, indicam os títulos sobre o que se fala.



Do primeiro: ‘Do porque nada funciona’ eu não vou comentar porque meu texto é sobre ‘revolução’



Do segundo, posso afirmar que não existe Direito que regre ou autorize ‘REVOLUÇÕES’. O Direito é um processo que visa ‘institucionalizar’ algumas situações tornando-as definidas e aceitas num meio social.



Quando vejo alguns amigos e terceiros desconhecidos pedindo providências revolucionárias em meio ao desejo de mantença de um processo institucional vem sempre em minha mente o mote: ‘UMA COISA É UMA COISA. OUTRA COISA É OUTRA COISA’.



O nosso país precisa de transformações urgentes. São dezenas, centenas de anos em que o processo social se fundamenta mais no discurso do que nas ações. Quase todas as revoluções por aqui foram vencidas pelo sistema com aplicações de ‘contra-revoluções onde o que se fez foi aumentar os privilégios e as formas de dominação pelo Direito por sobre a Justiça.



O povo, como toda a coletividade, sente na pele esta construção que atende somente à mantença de privilégios e uso dos bens públicos por uma pequena minoria. Esta pequena minoria usa exemplarmente o Discurso e arrasta, uma pequena e fiel corte que busca mais mantê-los na exploração do que transformar-se.



São frutos da Natureza de cada um. A natureza humana aí se manifesta numa grande diversidade.



Enfim, os protestos que eu tenho lido são reveladamente ‘contra-REVOLUCIONÁRIOS’



Tentam, alguns, darem um certo ‘ar da graça’ dizendo buscar uma melhora ao ‘bem estar comum’.



Talvez se julguem mal. Talvez nos julguem ‘tolos’.



Na Verdade, para mim, apenas usam do Discurso para terem uma projeção de seus devaneios a respeito de como se constrói uma sociedade.





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