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Cartas-->TODAS AS MINHAS CARTAS SÃO ABERTAS - Até mesmo as medíocres -- 26/10/2005 - 22:33 (Edmir Carvalho Bezerra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Minha consciência é terrível, não me deixa em paz um segundo. Quando não estou em dívida estou em dúvida. O certo é que entre as duas não sei porque prefiro a dívida. Por isso sofro de dívida, não de dúvida. Lá coloco de vez em quando um textozinho por aqui, ou como diz um amigo, uns testículos . Sei dos seus defeitos, das necessárias correções, mas não as faço para não andar clicando sobre mim. Vejo vírgulas fora de hora, parágrafos sem freios, orações desapontadas comigo. Um diminutivo de velha que sai velinha no lugar de velhinha. Causa desses defeitos a falta de rascunho e isso é grave. Vejo tudo isso quando dou aquele clique para ver como saiu. Mas o bom escritor deve racunhar até chegar ao límpido texto. Como disse, são meus ‘testículos’.

Dívida se paga ou se perdoa. As que ainda não pude pagar me perdoem os credores duvidosos; pagarei tão logo me venha o ouro nas mãos. Por enquanto só conversando para aliviar um pouco os maus-tratos. E de conversa em conversa, fez-me rir muito um amigo que veio estudar aqui na capital, filho de um ex-prefeito lá do interior, me contou cada uma que não posso deixar de repartir aqui. Sem esquecer minhas dívidas.

Tão logo nomeado o pai (no tempo não havia eleições diretas) veio para uma reunião na capital, convocado pelo governador. Primeira viagem de avião. Hora do embarque, estava o filho na pista de pouso. Gritou ao pai:

- Pai, traz uma bandeira do Brasil de lá de Belém pra mim.
- Respondeu o prefeito: - De que cor?

Acostumado a navegar pelos rios que vez por outra fazem uma maresia que jogam o barco lá em cima lá em baixo, forçando a prudente viagem pelas beiras. O prefeito veio se agarrando no que podia. O pequeno avião se batia contra as nuvens e jogava, jogava. Dado instante, não agüentando mais aquele jogo, gritou o excelentíssimo:
- Comandante, abera, abera!

Chega na capital, um passeio rápido pelo centro comercial para comprar algumas coisas. Na lista de compras: uma câmara nova para o pneu do trator da prefeitura. Passou pela Presidente Vargas, viu sua excelência, aquele pequeno cesto azul, tendo a seguinte inscrição: “COLABORE COM A LIMPEZA PÚBLICA”. Não contou conversa. Depositou uma nota de cinco cruzeiros. E não deixou de contar depois que colaborou com a limpeza da capital.

Quanto à câmara para o trator, não pensou em outro local para a compra. A Câmara dos vereadores.

De volta, a notícia. O município já tem TV. Pronto, agora todos queriam televisão em casa. Foi que a multidão se reuniu em frente a casa do prefeito e era um coro só:
- queremos TV, queremos TV, queremos TV...

Dona Nana, primeira dama municipal, foi ao marido que descansava.
- Olha, Zé, o povo tá todo aí fora e não sossega gritando: queremos Té vê, queremos Té vê.
- mas que diacho já que esse povo tanto que mé vê.
Abriu a janela o prefeito.
- Pronto, e então, mas que tanto vocês querem mé vê. Tô aqui, já mé viram?! agora vão pra casa de vocês.



Essas historinhas em forma de bilhetinhos me fazem rir, não pela pobreza intelectual, mas pela delicadeza ímpar que possuem.

Por falar em delicadeza estou me batendo na construção de uma letra para o nosso amigo, músico profissional e muito trabalhador Marcelo Torca. Essa estou rascunhando, devagar vou chegar, por enquanto só o que já rascunhei.

Eu não sou habitual
de carne e osso, amor
todos insanos são
então você desiste
da nossa conversa
não leio jornal
palavras comuns
me fazem mal, amor
então você desaparece
não calço sapatos
meus pés usam sandálias
fumo e não bebo
laços e nós, meu amor
me põem perigos demais
visto uma camiseta barata
borboletas e gravatas voam de mim
não durmo na hora certa
nunca, meu bem me chame
tenho um nome que é só meu
se a posição de sentar é essa
então não sou normal
não gosto de festas
sinais vermelhos
portas muito abertas
não sou prisioneiro
das invenções
prego recados na tv
toda mentira que a muitos agrada
me faz muito mal
então, você me queria no carnaval
prefiro novenas, quermesses e quintais
você acha genial as músicas que tem
pois seu mau gosto, meu bem
me cai muito mal
tenho saudades, meu bem
de alguém que não seja normal
leia Dom Quixote, meu bem
leia um livro
e a gente conversa




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