Usina de Letras
Usina de Letras
148 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62072 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Textos_Religiosos-->Dois cardeais e um teólogo descrevem o Papa -- 22/05/2008 - 21:52 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dois cardeais e um teólogo descrevem o Papa

Saraiva Martins, Cordero Lanza di Montezemolo e Amato

Por Marta Lago

ROMA, quinta-feira, 22 de maio de 2008 (ZENIT.org).- Quem tem proximidade e familiaridade com Bento XVI destaca que o núcleo da personalidade e do magistério do Papa Joseph Ratzinger é o amor de Deus.

Esse núcleo se sublinhou em Roma na tarde da terça-feira, durante a apresentação do livro «Benedictus – Servus servorum Dei», do vaticanista da RAI Giuseppe de Carli (Ed. Velar, em co-edição com RAI-Eri e Elledici, 2008).

Intervieram neste concorrido encontro jornalístico-cultural, acompanhando o jornalista, os cardeais José Saraiva Martins – prefeito da Congregação vaticana para as Causas dos Santos – e Andrea Cordero Lanza di Montezemolo – arcipreste da basílica papal de São Paulo Fora dos Muros –, o arcebispo Angelo Amato – secretário da Congregação para a Doutrina da Fé –, o recém-eleito prefeito de Roma – Gianni Alemanno – e o diretor do jornal romano «Il Messaggero», Roberto Napoletano.

Rico em imagens e textos, o volume recolhe a biografia, a personalidade e o ensinamento de Bento XVI. E de personalidade «poliédrica» que converge em um centro unificador falou o cardeal Saraiva.

Quem tem relação mais imediata e familiar com o Santo Padre coincide em que «o centro da pessoa e do ministério de Bento XVI é o amor de Deus, fundamento para construir a vida e ponto neurálgico para interpretar a existência»; por isso, continua o purpurado português, «a primeira encíclica representa a senha de identidade deste pontífice».

Quis fazer uma precisão: «o amor não é uma atitude estática», mas «um dinamismo que por definição é expansivo», pelo que «tende a pôr em movimento sempre novas energias»; «por isso, o amor provoca os grandes interrogantes e, portanto, gera filosofia e teologia».

«Benedictus» documenta atentamente «o desenvolvimento da presença de Bento XVI no cenário internacional no terceiro milênio e testemunha como, passo a passo, o Papa está entrando, com seu estilo reservado, nos corações das pessoas», reconhece o cardeal Saraiva.

O cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo compartilhou sua experiência quando, dois dias depois da eleição do Papa Joseph Ratzinger, este o chamou com urgência pedindo-lhe ajuda para desenhar seu escudo pontifício. O purpurado italiano é especialista em heráldica eclesiástica.

Em contato com Ratzinger «encontrei imediatamente suas características fundamentais» – que o livro evidencia enormemente: o aspecto da simplicidade do homem, a humanidade, a sinceridade, a espontaneidade, mas também a timidez, e notei que esta se acompanhava em seguida de um aspecto de decisão amadurecida na reflexão», recorda.

Folhenando «Benedictus», constata e confirma quatro qualidades do atual pontífice; em primeiro lugar, «seu sorriso radiante e contagioso, espontâneo e bondoso».

A isso se une sua «disponibilidade ao diálogo, amadurecido nos anos de ensino universitário e afinado no encontro com bispos do mundo inteiro» em visita «ad limina» ao dicastério do qual era prefeito, recorda seu secretário.

«É um homem de diálogo, tecido não com frieza, mas com paixão interior, porque é um intelectual com coração», sublinha o arcebispo Amato.

Considera também que «a força comunicativa do Papa procede da racionalidade de seu discurso, tanto quando fala de Jesus Cristo ou ilustra a verdade de nossa fé, como quando critica as patologias da mentalidade pós-moderna».

E «ao ser a fé e a razão as duas asas que nos elevam à verdade, é precisamente a verdade, o amor à verdade e a proposta da verdade o fio condutor que Ratzinger enfatiza, antes como prefeito e agora como Papa», finaliza.


*

A eficácia comunicativa do Papa Ratzinger

Segundo o vaticanista da RAI Giuseppe de Carli

Por Marta Lago

ROMA, quinta-feira, 22 de maio de 2008 (ZENIT.org).- Sem o respaldo da exteriorização de gestos, Bento XVI consegue chegar ao coração das pessoas priorizando sobretudo o elemento da palavra, analisa o responsável pela divisão do canal público da televisão italiana, RAI, para a cobertura informativa sobre o Vaticano, Giuseppe de Carli.

Com duas décadas de experiência em comunicação seguindo a atividade da Santa Sé e dos últimos pontificados, de Carli lançou «Benedictus – Sevus servorum Dei» (Editorial Velar, em parceria com RAI-Eri e Elledici, 2008), um volume em italiano com a biografia, a personalidade e o ensinamento de Bento XVI.

Apresentaram na tarde de terça-feira o livro os cardeais José Saraiva Martins – prefeito da Congregação para as Causas dos Santos – e André Cordero Lanza di Montezemolo – arcipreste da basílica papal de São Paulo Fora dos Muros –, o arcebispo Angelo Amato – secretário da Congregação para a Doutrina da Fé –, o recém-eleito prefeito de Roma – Gianni Alemanno – e o diretor do jornal romano “Il Messaggero”, Roberto Napoletano.

As páginas se abrem com uma descrição do Papa, segundo de Carli: «Um tímido de caráter no cenário do mundo».

Consciente de que é «temerário» fazer uma biografia do Papa Joseph Ratzinger, o vaticanista confia em que seu livro «se situe ao menos entre as contribuições que ajudam de alguma forma a apreender a personalidade de Bento XVI».

«Fiz uma tentativa de todo meio jornalístico de relatar Joseph Ratzinger – explicou no ato de apresentação; é uma edição única de um periódico, ou melhor, um livro-jornalístico». «Hoje se fazem jornais que parecem livros; eu fiz um livro que parece um jornal», comentou com humor. O volume é rico em imagens e fotografias.

De sua experiência deduz que nos encontramos, com o atual pontífice, perante «o pai da Igreja de nosso tempo, um grande catequista, um teólogo-pastor ou um pastor-teólogo».

«Passamos da irrupção comunicativa e carismática de João Paulo II a uma espécie de eficaz minimalismo comunicativo do Papa Ratzinger» – constata, «eficaz porque não está sustentado pelo caráter físico dos gestos».

De Bento XVI cada intervenção é «uma encíclica em miniatura»; seu perfil intelectual «é o de quem sabe ensinar» e «seu público, por sua multiforme composição, daria medo a qualquer anunciante», considera.

Outra chave de leitura para de Carli está nesta distinção: «A forma de se apresentar do Papa Wojtyla foi centrífuga, obrigou a mídia a sair de toda lógica e a acompanhá-lo em tudo e com todos; a de Bento XVI é centrípeta, obriga a mídia a contemplar o mistério que a Igreja representa com sua tradição litúrgica».

«Pelo que foi visto até agora, trata-se de um pontificado de concentração e de aprofundamento», reflete: «o eixo da fé cristã é a caridade, o amor, o único que pode dar uma perspectiva de esperança e, além disso, a racionalidade e a beleza da fé». Apontando esses elementos do pontificado de Bento XVI, insiste de Carli: «A beleza que convence quase mais do que os argumentos racionais, o amor, a amizade com Deus, a felicidade de ser cristãos».

«Digam-me se não é este um Papa feliz por ser cristão», convidou o auditório. De Carli agradeceu a oportuna participação do novo prefeito de Roma, porque a cidade se converteu, com João Paulo II e Bento XVI, na capital mundial das peregrinações.

«Cidade sacra e profana, grande capital, grande porque custodia a memória dos apóstolos; é a casa de Pedro, cidade de alcance universal, cidade do mistério e do ministério petrino», definiu o vaticanista.

Sobre a forte eficácia comunicativa de Bento XVI, Giuseppe de Carli comentou à Zenit: «Dizia-se, quando ele foi eleito Papa, que esvaziaria as praças e encheria as igrejas. Não sei se ele encheu as igrejas, mas as praças ele conseguiu duplicar em número de fiéis e peregrinos.»

«Isso significa que ele consegue encher o coração das pessoas, favorecendo sobretudo um elemento que até agora não tinha sido considerado», pelo menos incisivamente desde o ponto de vista da mídia: «o da palavra».

O ministério do Papa Joseph Ratzinger «é um ministério de palavra, porque Deus é o Verbo, Deus é Palavra», e Bento XVI «demonstra que tem essa capacidade de explicar às pessoas como fazer para chegar ao conhecimento de Deus e amar o rosto de Cristo», constata.

O impulso para publicar «Benedictus» chegou de uma petição editorial.

«Pelos 80 anos de idade, dedicamos ao Papa uma longa reportagem na RAI, de mais de uma hora e meia, ‘Bento XVI, o Papa da amizade com Deus’. Havia muito material escrito. Uma editora pequena se uniu a outra»; o resultado é que «Velar», «ELLEDICI» e «RAI-Eri» «me pediram que escrevesse uma biografia do Papa».

«Eu já tinha cerca de 75%do material. Só precisava fazer uma síntese do pensamento de Joseph Ratzinger, reunir tudo e procurar explicar por que é um grande Papa, a quem amo muito, não só desde o ponto de vista intelectual, mas também como pessoa», admite.

«Acho que é um pastor que diz muito aos homens da nossa época, aos que crêem e também aos que não crêem», conclui.


Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui