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Poesias-->Os Papéis que Banho com teu Cheiro -- 08/10/2001 - 16:07 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os Papéis que Banho com teu Cheiro



Propositadamente, olho-te mais uma vez

Displicente, disponho-me para ti

Deixo-me ao alcance dos teus braços

Já não sei ser sutil ou disfarces usar



Já se derramam, sem qualquer pudor

Os poemas de amor silenciosos

Que minha pele te escreve

Palavras incontidas que me confessam



Desaprendo sobre contenções

Não me resguardo, acolho-te

Desato nós e olhares enviesados

Já não me cabe a culpa, nem o medo



Sei-me tua presa, mesmo assim premedito-me

Em tuas mãos, deslizo-me carícias

Abrindo-te as pálpebras dos meus desejos

Ainda que seja breve nosso tempo



Consinto tua presença, teu toque

Arremeto-me em juras de amor

Ignorando a sombra da sensatez

É doce e sagrado o sabor do pecado...





© Nandinha Guimarães

Em 06.10.01



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