Lendo a piada do companheiro Pedrinho Goltara, lembrei-me do famoso político brasileiro Ademar de Barros, o qual, como sabemos os mais antigos, foi candidato à Presidente da República por três vezes. Na primeira, o seu "slogan" foi "Pé na tábua e fé em Deus"; na segunda, "Desta vez, vamos!" e na terceira: "Rouba, mas, faz".
Apesar da sinceridade, ele não conseguiu se eleger em nenhuma vez:a imprensa da época (aí por 1952) publicou que ele havia furtado uma urna do Museu Emílio Goeldi, de Belém do Pará e que, quando caiu um avião norteamericano na Amazônia, ele alugou um helicóptero e pulou de para-quedas no local do acidente, para saquear as vítimas. Mas, o que nos fez mesmo lembrar desses fatos, foi que, certa vez, o então Presidente Getúlio Vargas, convidou o governador de São Paulo, então Ademar de Barros, para uma solenidade festiva no Palácio das Laranjeiras. E lá, durante o baile, o embaixador "yankee" queixou-se a Getúlio que lhe tinham furtado o relógio. O "GG", pediu calma ao gringo, dizendo: "Não faça escândalo! Deixe, que eu vou dar uma volta no salão e recupero seu relógio!" Dito e feito. Getúlio, quando viu Ademar, deu-lhe um encontrão e tirou o relógio furtado do bolso dele e, ainda, pediu desculpa! Em seguida, devolveu a jóia ao seu verdadeiro dono.
Mas, hoje em dia, no tempo do "Mensalão", das máquinas caça-níqueis, dos alvarás vendidos, de dinheiro na cueca, do "dossiê" do Hotel Íbis, etc. as "ademárias" são fichinhas!...
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