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Cartas-->Lya Luft -- 07/10/2005 - 21:24 (Sabaarainha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Rio,07/10/2005
Estive lendo o livro Perdas&Ganhos de Lya Luft, no qual ela diz: Em plena maturidade sinto em mim a menina assombrada com a beleza da chuva que chega sobre as árvores no jardim de muitas décadas atrás.Tudo é para sempre meu, ainda que as pessoas partam, que a casa seja vendida, que eu já não seja aquela.
E Eu pensei: como é que alguém fala de forma tão igual a mim! Fala da menina que fui e que agora caminha lado a lado da mulher que hoje sou. Também como ela eu me vejo, deslumbrada com toda a magia, que envolve um momento de intimidade da mãe natureza. Quantas vezes me comove, o balançar dos galhos de uma arvore, os pingos da chuva no barro seco, do cheiro molhado do barro, o sol nascer entre as folhagens após uma tempestade, o canto alegre dos pássaros, tudo isto me reporta a momentos que fazem de mim a menina de outrora, e a mulher de hoje. O tempo passa e eu também sigo a caminhada para a maturidade, mas percebo que minha alma não acompanha esse tempo, não tem os cansaços que o passar dos anos deixa na maioria das vezes. Com todos os momentos difíceis pelos quais eu passei, mesma fragmentada em algumas horas, eu fiquei inteira. Também sei que foi numa caminha muito solitária que minha alma encontrou força, coragem, para seguir o curso, o rumo e chegar aonde eu cheguei. Hoje sei, que não foi fácil olhar para mim mesma, buscar o melhor de mim, e aprender a conviver também mais harmoniosa com o outro. Se agora sou uma pessoa melhor, devo isso aos momentos de dor e solidão, porém quero dizer: mesmo com esses momentos não me tornei uma mulher amarga e triste graças a Deus. Tenho o prazer de ser uma pessoa alegre, gosto de promover a alegria no outro que estar ao meu lado, sinto um imenso prazer e deixar que seja feliz quem ao meu lado caminha.
Continua Lya Luft: todo amor tem ou é crise, todo amor exige paciência, bom humor, tolerância, firmeza de doses sempre incertas.Não há receita ou escola para ensinar a amar.Aprendi que o bom humor pode ajudar o Amor. Se alguém me ama não será pelo meu corpo que facilmente vai mudar, mas pelo que hoje sou, sem disfarces, nenhuma esplendorosa jovem de 20 anos me ameaça, meu território é outro.
Eu percebo, que ela também aprendeu com o tempo, uma nova maneira de viver o amor de agora, como uma mulher madura, que se ama, se respeita nesse novo contexto de vida. Eu imagino, que muitas noites consigo mesma ela passou. E que em cada amanhecer não perdeu o desejo de sonhar, e buscar ser feliz. Eu também, mesmo depois de cada experiência frustrante, não desisto de sonhar e de esperar uma nova oportunidade, com otimismo, sem perder o sentido de realidade do agora.
Não pretendo plagiar o pensamento de Lya Luft, quando reescrevo o que ela tão sabiamente escreve. Quero nesse momento fazer uma profunda reflexão, sobre o que significa para mim hoje perdas & ganhos. Ganhos: é quando a cada dia descubro o valor de viver o agora, o momento que me oferece o hoje.Tive que mudar em mim, o desejo de controlar a minha vida. Não é cômodo aceitar viver assim, sem planejamento em longo prazo, viver por viver, sentir, se permitir ser como o vento, que segue seu curso, sem se importar com o amanhã. Muito eu resiste para fazer essa mudança, buscava sempre motivos para tudo, pra não mudar! Depois de muitas angustias, eu percebi que nada mudava, e que tudo continuava como antes, só me restou um caminho, seguir o curso. Não quero pensar nas perdas, porque sei, que sempre haverá alguma só pelo fato de estar viva, e são elas tantas! O que importa na minha história no momento é acrescentar a ela os ganhos, pois muito já escrevi sobre as perdas do passado. Lembra-las agora, é reviver dores, que busquei esquecer, nessa nova atitude que aprendi a viver.
Faz muito tempo que não escrevo, gostei de hoje poder deixar falar uma mulher sem dor, sem a euforia da paixão: do amor e do desamor. Será que a verdadeira maturidade agora me alcançou? Não sei, realmente não sei! Sinto-me bem, em escrever sem lagrimas, sem as ilusões, que poderão ser frustradas pelo outro. Não deleguei a minha vida a nenhuma outra pessoa.Vivo por viver, assim como deve ser vivida, a existência de cada criatura, que habita essa terra de Deus.
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