O piolho era o pavor das professoras, principalmente nas turmas de Jardim de Infância e Pré-Primário. As crianças, nesse ambiente escolar, ficam mais juntinhas e o contato sendo maior, não havia quem não levasse para casa um “punhado” de piolhinhos que se multiplicavam, da noite para o dia, no dinamismo da progressão geométrica. Em casa, todos os dias, tínhamos a “operação pente fino” que sempre pegava os malditos bichinhos.
Mesmo o Saulo que estava com seus dois aninhos e ainda não freqüentava a escola, passava por essa cirurgia “piolhística”! E, para ele, que tinha os cabelos encaracolados, isso significava um certo sacrifício.
Quando alguém se dirigia para o seu lado com o pente fino, ele mostrava-se bastante chateado e já dizia, com cara de poucos amigos:
- “Larga MEUS poiôios!”
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