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Infantil-->O protesto dos brinquedos -- 06/07/2004 - 07:08 (fernanda araújo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O protesto dos brinquedos

Andréa Russo Vilela

N a prateleira do quarto de Laura havia um urso de pelúcia, um cavalinho de madeira, Pepi, e uma boneca de pano, Ritinha. Ouvia-se um barulho de pequenos pezinhos andando de um lado para o outro. Eram os brinquedos de Laura! O urso tentava descer da estante sem acordar a menininha. Ritinha, a boneca de pano, pegou carona com Pepi e num pulo chegaram ao chão. Um após outro, todos tentavam entrar no armário dos brinquedos e diziam: “Dá licença, quero entrar!” “Ai, tá tão apertado!” “Calma gente, não empurra!”
Quando finalmente todos entraram, Pepi falou:
– Puxa! Há muito tempo não saímos pra brincar.
E assim, do fundo das gavetas, bichinhos de borracha, bolas coloridas e panelinhas gritavam a uma só voz:
– Queremos brincar!
A confusão estava formada! A bola amarela dizia:
– Isso não é justo. Quantas crianças querem brincar conosco e estamos aqui guardados.
As bonecas também estavam tristes, pois queriam ser abraçadas e tinham saudades de um colinho.
Foi aí que Ritinha teve uma idéia genial. Parecia ser a saída para os brinquedos…
E pouco tempo depois... nheque… Abriu-se a porta e ploft! blum! Estavam todos saltando, batendo, escorregando e se espalhando pelo chão.
Apesar de todo o barulho, Laura nada percebeu.
Quando a garotinha se levantou, não entendeu nada. Viu todos os seus brinquedos espalhados.
– Puxa, o que está acontecendo aqui?
A garotinha ficou curiosa, mas como tinha que ir para a escola resolveu colocar os brinquedos novamente nos seus lugares.
Os dias se passavam e por várias vezes Laura acordava e encontrava os brinquedos espalhados. Começou a achar tudo aquilo muito estranho!
Então resolveu dar um fim a esse mistério. Na hora de dormir sentou-se na cama e tentou ficar acordada. Mas seus olhinhos não conseguiam resistir ao sono e Laura acabou dormindo. Na manhã seguinte, lá estavam os brinquedos novamente espalhados pelo chão.
– O que há com vocês? Não querem mais ficar no armário e na prateleira!
Sentou-se e começou, mais uma vez, a guardá-los. Percebeu, então, que, com alguns deles, não brincava fazia muito tempo. Até o cavalinho Pepi, seu preferido, parecia sujo e com cheiro de guardado, triste e desanimado. Laura abriu a janela do quarto e…
– Pepi! Vamos tomar um pouquinho de sol. Mamãe sempre diz que tomar sol faz bem à saúde!
E o cavalinho ficou na janela, enquanto Laura fazia sua lição de casa. Os outros brinquedos acompanhavam tudo com muita curiosidade.
De repente Laura escutou uma voz que vinha do lado de fora:
– Olá! Como você é lindo! Qual é o seu nome?
Laura foi para trás da cortina para dar uma espiadinha. E viu um menino que conversava com Pepi. Ele dava gargalhadas e seus olhos… Ah! Como brilhavam! A menina viu o quanto ele estava feliz!
Os brinquedos faziam o maior zum-zum-zum. Queriam também ver o que estava acontecendo.
Olhando para Pepi, Laura teve a impressão de que ele já não parecia tão sujo e triste. Parecia que o menino e Pepi conversavam de verdade. Sem pensar muito, Laura olhou para o seu armário cheio de brinquedos e decidiu dar Pepi ao menino, que o pegou e o abraçou com muito carinho e depois saiu com um sorriso de felicidade.
Laura não parava de pensar na alegria do menino e, olhando para os outros brinquedos, pensou quantos olhinhos poderiam ficar brilhando, como os daquele menino. Resolveu, então, dar alguns dos seus brinquedos para fazer outras crianças felizes.
Durante aquela noite, os brinquedos fizeram uma festa de despedida. O plano deles havia dado certo. Finalmente iriam brincar!
Quando amanheceu, Laura, mais do que depressa, saltou da cama. Não via a hora de começar a distribuir felicidade!
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