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Cronicas-->Inferno astral é bobagem -- 12/12/2010 - 01:34 (Juliana Mendes Velludo Guidi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma semana sem dormir direito. Ando sem apetite também. A comida parece isopor na minha boca. É nesse estado que me encontro precisando elaborar provas de recuperação, organizar as pastas com os textos dos meus alunos menores, preencher as cadernetas do quarto bimestre... não sei onde está a caderneta de recuperação do 4º ano. Odeio cadernetas. Elas atrasam minha vida.
Ontem saí do colégio às 11h30. Cheguei em casa e ajudei meu marido a terminar suas malas para a tradicional pescaria em Barcelos-AM. O Carlo não foi ao último dia de aula para aproveitar mais a presença do pai ausente. Às 13h30 partimos para o aeroporto. A despedida deu-se rápida e friamente. Talvez pela timidez do João, tem problemas com carinho, principalmente em lugares públicos. Pensa que se mostrará frágil sendo amoroso...
Voltando para casa o Carlo já começa a chorar. O pai nem embarcou! Haja psicologia para doze dias de choro! O deixei com minha mãe e fui, com o carro do João, para a aula de Pilates. Estacionei na vaga da clínica. Até aí tudo bem. Meia aula de Pilates e meia sessão de massagem relaxante. Fiz rolo com a minha professora, pois, para completar o meu inferno astral, estava com a cólica que incomoda muitas mulheres uma vez por mês. Saí da clínica sem notar nada de diferente "na garsa"(é assim que o João se refere ao carro dele) e fui ao mercado. Quando voltei para casa, percebi que o pacote do presunto estava caído no tapete do carro. Além disso, rasgado. Perdi o presunto! Ao bater a porta, vi que em cima do pneu traseiro, do lado direito, o carro estava amassado. Bem amassado! Entrei em choque. Eu não podia ter feito aquilo sem perceber. Impossível! Alguém a acertou enquanto estava estacionada! Subi e fiz uns lahches, sem presunto, para o Carlo e seu amigo do prédio. Liguei desesperada para o João com esperança de ouvi-lo dizer que aquilo tinha acontecido com ele e eu não tinha percebido. Mas ele voava para Manaus e não me atendeu. Eu não fiz aquele estrago...
Fiquei uma pilha. Foi-se a relaxante.
Tentei comer um isopor, mas não consegui. Esqueci-me um pouco da pancada no carro, do dia caótico e me perdi em meus pensamentos, deixei-me sonhar. É muito bom sonhar quando nos sabemos sonhados.
Antes de dormir, o Carlo veio chorando me cobrar a ligação que o pai ficou de fazer quando chegasse a Manaus. Contei uma história para distraí-lo.
Pedi para que Deus me permitisse descansar. Eu precisava de boas horas de sono. Acordei de madrugada com a luz acesa. Sinal de que apaguei. Mas, quando estou muito ansiosa, não posso acordar de madrugada. Perco aquele sono gostoso que nos embala rapidamente. Foi preciso um trabalho mental pesado para voltar a dormir.
Hoje acordei com fome. Antes de tentar comer, falei com o João sobre seu carro batido. Ele disse que só pode ter sido enquanto estacionado e que tudo bem, isso acontece. Ufa! Fiz um lanche e o mordi apenas duas vezes. Isopor é muito sem graça! Você já comeu? Lembrei-me das atemoias que comprei. Eu amo atemoia! Estava conseguindo comer, mas eu tive a desagradável surpresa de ver um bicho, acho que era um bigato gigante, roxo!... Senhor!... Eu não mereço isso! Dei o meu famoso gritinho de quando vejo lagartixas e joguei a fruta na mesa. Corri para o banheiro. Tentei colocar o pouco que comi para fora, mas não deu. E se eu engoli um daquele?! Pànico! Escovei compulsivamente os dentes. Queria escovar o estómago. Ai! Que nojo! Fiquei um tempão na pia do banheiro lavando o rosto. Precisava jogar a fruta no lixo. E o medo de encontrar o bigato de novo? Onde será que ele foi parar? Se bem me conheço, não como atemoia tão cedo. Que droga! Foi a primeira coisa, em uma semana, que não me pareceu isopor. Maldito bigato!
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