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Humor-->Problema patológico -- 06/04/2007 - 09:57 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Problema patológico

O Luiz Gonzaga foi propagandista durante muitos anos. Era fisicamente um gigante, uma figura popular no Vale do Paraíba e no Sul de Minas. Posteriormente, foi promovido a gerente distrital e levou seu jeitão alegre de viver para todo o país nas reuniões de final de ano. Escreveu inclusive um livro sobre a profissão que tanto amava.
Dia desses, estive conversando longamente com o doutor José Paulo Pereira, meu médico e grande amigo dos propagandistas. Aproveito para dizer que é o melhor clínico de Taubaté (afirmo por que é um dos poucos médicos que ainda mantêm a antiga categoria profissional e continua atendendo mais de dez consultas particulares por dia, fruto de consultas humanizadas e demoradas que invariavelmente faz. Muitas vezes entrei no seu consultório com a pressão lá no céu, pensando que estava prestes a morrer e saí de lá novinho em folha sem que tivesse tomado qualquer tipo de medicamento). Foi na última consulta que ele me contou uma história do Luiz Gonzaga, cujo apelido entre nós propagandistas era “Ganso”. Aliás, ninguém o conhecia por outro nome que não “Ganso”.
Aconteceu que vários colegas, mais de dez, estavam visitando o ginecologista Jair Tabichoury. Abro aqui um parêntesis para dizer que foi o doutor Jair, nos idos de 1973, quem fez o parto do meu único filho, Mário. Na anestesia estava o saudoso doutor Gil Ferreira da Motta —uma gratidão que sempre guardo comigo e jamais esquecerei. Lembro também que uma vez dei carona para o doutor Jair no meu fusca. Levei-o da rua das Palmeiras até ao hospital Santa Isabel. O meu pobre carro felizmente não quebrou, mas durante o trajeto elevou-se a um metro do meu lado. Eu dirigia o carro das alturas. Disso, e dos novos amortecedores que precisei comprar, também jamais esquecerei.
No decorrer da propaganda, em meio a vários assuntos, surgiu um papo sobre SPA, regimes alimentares, perda de peso e essas coisas que interessam muito aos gordinhos. O doutor Jair Tabchoury, todo mundo sabe, pesava na época uns duzentos e vinte quilos. Seu grande volume era comentado entre os propagandistas. Mas o doutor Jair não tinha complexos com a sua gordura e encarava o seu peso numa boa. Ele mesmo se antecipou e falou: “Eu nem começo um regime porque sei que não tem jeito mesmo, é um problema patológico...” O Ganso, que perdia um amigo mas não perdia a piada, disse, alegrando o ambiente: “O meu problema é muito maior do que o do senhor, doutor Jair, o meu problema é Gansológico...” Claro que era maior, um “ganso” é sempre bem maior que um pato.

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