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Cartas-->HOJE ESTOU QUASE MUDO E COM MEDO -- 20/09/2005 - 23:57 (Edmir Carvalho Bezerra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



Hoje estou quase mudo. Num daqueles dias em que meus passos são para trás. Não sinto dores nenhuma, mas a tristeza aguda que vezes em vezes teima em me acompanhar, sentou-se ao meu lado. O dia não me fez nenhum sorriso de luz, nem de brisa, ando desde o amanhecer com essa dificuldade de respirar, ando mesmo desarmado. Confesso que são essas as horas em que tenho vontade de devolver minha fé.

Há dentro de mim uma sensação de vazio me devorando, querendo me roubar o que tantas vezes entreguei a esse vilão invisível que me adora. Hoje tenho lágrimas nos olhos, hoje estou me escondendo, estou com medo das alturas, da rua. Muitas ou poucas luzes me incomodariam se por aqui estivessem.

Sofro de indelicadezas que não me fizeram. Nenhuma visita me agradaria, nenhum amigo, hoje me fará falta. Não é dor essa dor invisível, esse martírio inglorioso que se precipita sobre mim.

Faço tantas perguntas. Quem me lançou desse jeito, esse trêmulo pavor de um minúsculo som, de um ranger de janelas? Como veio parar no meu cérebro essa sensação de que daqui a poucos instantes algo terrível vai acontecer?

Meu peito se oprime, tenho vontade agora de segurar o meu coração, protegê-lo com minhas mãos. Verdade, eu não minto. Eu quero segurar meu coração.

Não falo aqui de uma saudade, de um amor perdido ou de uma paixão. Falo desse mistério que me habita, zomba de mim, me entristece tanto que me empalidece. Quero sentar num canto, abraçar as pernas, esconder meu rosto. eu não queria escrever hoje, eu não queria...

O dia hoje foi doloroso, não pela dor física que agora não sinto, mas por esse inexplicável estranho que dentro de mim luta comigo e que, como hoje, me venceu.

Hoje estou sem razões

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