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Cartas-->Digestivo Cultural: Cinc anos esta noite -- 20/09/2005 - 09:58 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Amigo Leitor,

Em um dia qualquer do ano 2000, próximo ao dia 19 de setembro, uma terça-feira, eu saí do Banco onde trabalhava e fui almoçar no McDonald’s. Devia estar escrevendo alguma coisa, para soltar sob a alcunha de J.D. Borges, porque, depois de escrever, ou meio que escrevendo, tive a idéia do Digestivo Cultural.

Era uma idéia simples: Notas breves sobre o que estava acontecendo “no mundo da cultura” no Brasil. Em alguns minutos, rabisquei os temas e as frases que dariam título a cada seção: Televisão ou “O pior cego é o que vê tevê” (frase do Millôr); Música ou “Sem música, a existência seria um erro” (do Nietzsche); Cinema ou “O filme é uma merda, mas o diretor é genial” (Paulo Francis); Teatro ou “Vá ao teatro, mas não me leve” (Casseta Popular); Imprensa ou “Armazém de secos e molhados” (outra do Millôr); Gastronomia ou “O Conselheiro também come (e bebe)” (o “e bebe” era por minha conta, mas a primeira parte era do João Ubaldo); Internet ou “Viver não é preciso” (do Caetano? do Fernando Pessoa?); Artes ou “Um novo olhar sobre o cotidiano” (sim, do Paulo Salles – e, ah, o Daniel Piza também usou); Literatura ou “Tout le reste est littérature” (do Paul Valéry? Mas quem gostava mesmo era o Carpeaux); e, finalmente, Além do Mais (que vinha do “Moreover”, da Economist).

Relendo agora o primeiro Digestivo, cinco anos depois, descubro um sujeito bastante mal-humorado e crítico: eu, cinco anos atrás. Não sobrava nada: eu não era jornalista, não recebia convites, pagava tudo do meu bolso – estava, portanto, do outro lado do balcão. Não perdoava; matava. O tom, olímpico, distante, “de estranha civilização”, é do Paulo Francis. Nada no Brasil parecia prestar. Todos herdamos esse tom: Diogo Mainardi, Daniel Piza, eu, Paulo Salles, Fabio Danesi Rossi, Alexandre Soares Silva, Eduardo Carvalho... – todos os que liam o Francis. Cinco anos esta noite.

Mas eu poderia ter ficado só no blog (se o blog já existisse) – mas como nunca me conformei com nada, adotei, sem saber, a frase do Gandhi: fui ser a mudança que eu queria ver no mundo. Eu tinha 26 anos, estava cansado da vida e achei que tinha de fazer alguma coisa importante no ano 2000 (de preferência, antes dos 30 anos) – fiz o Digestivo. Fiz bem? Fiz mal? Foi bom pra você, Leitor?

Das Notinhas (digestivas) parti pra Newsletter. Da Newsletter, acho, para o site. Do site, para os Colunistas. Dos Colunistas, para os fóruns, para os Comentários, para os Leitores. Dos Leitores, para a imprensa (de novo). Da imprensa, para os Ensaístas, jornalistas que passaram a colaborar com o Digestivo. Dos jornalistas, para o convite para a revista. Do convite, para o projeto da primeira revista. Do projeto, para as Parcerias. Das Parcerias, para a revista propriamente dita (com a FGV). Da revista, para o Prêmio Comunique-se (passando pelo Jornalismo Cultural do Daniel Piza); do Comunique-se, para o Blog reloaded; do Blog reloaded, para a Era dos Festivais; da Era dos Festivais... para os Livros? Para o podcast? Para o Digestivo Ao Vivo?

A história continua.

244 Digestivos depois, 1717 Colunas depois, 125 Ensaios depois, 4654 Comentários depois... 50, 55, quase 60 mil Leitores por mês... can’t be wrong. Livraria Cultura, Somlivre.com, Submarino, 2001 Vídeo, Biscoito Fino, Erdinger, Hellion Records, EI, Dubas Música, Mineiro Cultural, Editora Barracuda, InterNews, Chakras, Casa do Saber, Erwin Maack, Estadão... can’t be wrong (too) . [E Elvis não morreu, não.]

Bom, hoje é – pela quinta vez desde então – 19 de setembro de novo.

Parabéns para nós.

Sinta-se abraçado, Leitor,

Julio Daio Borges
Segunda-feira, 19/9/2005


Obs.: Julio Daio Borges é editor do site Digestivo Cultural, www.digestivocultural.com (F.M.).










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