Mulher
Foges de mim como o homem do inferno,
Mas não estás de toda errada.
Pois se te cerco,te apelo nas esquinas,
Nas ruas da cidade...Te envolverei.
E se te tenho sob as mãos,
Te deitarei no relento, te aproximarei da dor, doa amor e do momento.
E se permitires a ousadia,
Descubrirei os teus seios ao mundo.
E se deitares teu corpo sobre minha cama,
Aqueçerei o calor sob fartos beijos e sob a insolência das mãos, me atreverei contra os teus pudores. Apagarei as luz desse intervalo e sob as vozes que empresto aos sussuros, provocarei os teus gemidos recolhidos no segredo de teu âmago...
Pouco a pouco adornarei a tua loucura, e logo já não saberei dos sentidos, não saberei do suor, da força que apertarei os teus dominios, da força que morderei a tua carne, não saberei das leis o castigo...
As tuas mãos me sangrarão,mordendo, arranhando a carne, cravando o seu nome no ar que respiro, na agonia do grito, nos lençois da cama... no puro do gozo.
Mulher...
Se não foges de mim,
Serei todo teu homem, prefácio dos dias...
Louco sem hora, a abraçar as tuas dores e a conhecer a tua história.
Senhora se não arrancar por aí, desenharei em seu nome uma flor, tão singela como o desejo, até então nutridos quietos, dentro das mais profundas visões e das mais arraigadas emoções.. |