O MAR, MEU MESTRE COMPANHEIRO
Sinto dentro de mim uma imensa necessidade de amar.
Amor, redenção da vida, algoz da morte. Esse amor não se restringe
à flor que nasce bela na estufa do cultivador. É o amor selvagem
como o mar embravecido, é maremoto a incomodar meu coração
inquieto. É areia branca e alva, a derramar-se por todo meu ser.
Sou cada grão e essa vontade é paixão a derramar-se pelas minhas
mãos. Sinto que meu grande erro foi julgar que onde havia amor
não haveria lugar para a paixão. Ledo engano, o amor deve ser
alimentado dia a dia pela paixão. Olho, então, ao imenso mar e
dele tiro minhas lições. O mar que é sintese de vida, calmo e tranquilo,
e muitas vezes é turbilhão. Esse amor turbilhão que sinto é o amor
dedicado à flor do jardim e a todos os corações. Já fui daqueles que
pensou que o amor começava em mim e terminava na companheira.
Pobre que fui: meu amor começa em mim, no mar e, hoje, é oceano.
Amor por fim, amor sem fim.
Dedico este poema a vc. colega, Internauta, que tem tido paciência
de ler meus e-mails. E-mails de um poeta que precisa comunicar.
Abraços deste ANJO, que embora de uma asa só nunca desaprendeu
o carinho de um abraço.
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