Usina de Letras
Usina de Letras
244 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Histórias e Estórias -- 23/06/2003 - 10:44 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Relatos, Histórias e Entrevistas Sobre o Governo Lula



(por Domingos Oliveira Medeiros)







Primeiro as notícias sobre as eleições. Saem algumas pesquisas preliminares. Quem serão os candidatos? Como serão compostas as chapas? Depois a escolha dos candidatos. E começam a pipocar os escândalos. Chuva de dossiês. Denúncias. Calúnias.Difamações. Alguns candidatos desistem de concorrer. E outros são indicados no seu lugar. Depois vêm os escândalos com os vices. De novo, a história se repete. Trocam vices. Vices desistem. Depois chega a fase das coligações partidárias. Pode ou não pode? Consulta-se os tribunais. Pode e não pode. Ou seja, depende: sentenciam os membros do Tribunal Superior Eleitoral.



Se for em nível nacional, pode. Estadual, não pode. Quer dizer dependendo sempre. De alguma coisa. Resolvida essa questão, começam as pesquisas eleitorais. Se a eleição fosse hoje. E o sobe e desce aparece nas televisões, nos jornais, nas conversas dos bares. E mais dossiês. Recursos e mais recursos. Concessão de liminares. Cassação de liminares. Primeiro debate. Segundo debate. Quem ganhou o debate? E tome pesquisas.



Se a eleição fosse hoje. Todos sabem que não será. Foram ouvidas tantas pessoas. Para cima ou para baixo. Todos sabem quem cairá. Mas todos estão interessados. Margem de erro sem margem de erro. Para cima ou para baixo. Finalmente, está próximo o dia das eleições. Graças a Deus. Já estava perdendo a paciência.



E tome pesquisas. Simulações. Fulano com cicrano, cicrano com beltrano. Perderia fulano, ou empataria beltrano por engano. Cai fulano, sobre cicrano. E sobem os indecisos. E tome pesquisas. Chega o dia das eleições. Simulações. Votos brancos e nulos na frente. Aumentam os indecisos. Fulano continua na frente. Desce beltrano. Empate técnico com cicrano.



Dia das eleições será amanhã. Amanheceu. Ruas enfeitadas. Bandeiras de todas as cores. Alegria disfarçada. Alguns votaram bem cedo. Outros bem tarde. E todos votam e voltam para casa. Ligam a televisão. E tome mais pesquisas. Pesquisas de boca de urna. Não é possível. Será? Haverá ou não segundo turno? Haverá. E tudo se repete.



Segundo turno. Pesquisa de boca de urna. Ganhou quem sempre esteve à frente nas pesquisas. Dessa vez vai dar tudo certo. Votação em peso. O candidato das massas. Da oposição. Prometeu mudanças. Rapidez nas reformas. Vamos criar empregos. Retomar o crescimento econômico. Três refeições diárias para todos. Abrem-se os apetites. Aguarda-se o feijão. A esperança venceu o medo. Bem, que bom! Quando começo a comer? ........



Calma! É preciso esperar um pouco. O homem nem tomou posse. Está em fase de transição. Bom sinal. Está se inteirando de tudo para quando lá chegar começar com as reformas e as mudanças. Faz sentido. Esperemos. Festas. Festas. Comemorações. Esperanças. Histórias. Risos e lágrimas. Emoções. Os ministro ainda não foram nomeados.. Mas os nomes já estão circulando pela imprensa. Mais uma fase dos processo. A montagem do ministério. Trabalho de engenharia política. Há controvérsias; e mistérios. Sobre o mistério dos ministérios. “Não digo’. “Eu não sei’. “Não tenho certeza’. “Mas acho que será o cicrano ou o beltrano”. “Para a Pasta tal, o fulano”. “Ou vice-versa”. E vamos que vamos.

Finalmente, o dia da posse. Festa. Risos. Lágrimas. Agradecimentos. Emoções. “Quando eu estou aqui eu sinto este momento lindo!”.



Primeiro dia de trabalho. Calma! É preciso esperar um pouco. Os ministro começam a ser apresentados. Críticas e elogios da parte da imprensa. Vamos aguardar. É preciso calma. E quando o governo começará a governar? Isto só o tempo dirá. Agora ele está às voltas com a costura do preenchimento de cargos no Congresso Nacional. Presidências da Câmara e do Senado. Lideranças. Secretários de Mesa. Muita disputa. Começam a surgir os entendimentos. Pronto. O Congresso Nacional está em ordem. Podemos começar?



Ainda não. Faltam os projetos. E o governo está negociando. Esta é a palavra de ordem. Negociar. E quando ele começará a governar? Calma! Vamos ter paciência! A esposa do presidente esperou nove meses para que seu filho nascesse!



E a prioridade? A prioridade é o Fome Zero. O Programa está pronto, mas falta alguns detalhes. Ninguém sabe como pô-lo em prática. E as contas para os depósitos das doações. Estão sendo providenciadas. Calma! Mas e os esfomeados? Eles podem esperar mais um pouco. Afinal, quem agüentou oito anos sem comer, não será por causa de alguns meses a mais que irão morrer! E vamos que vamos.



Saíram as contas. Que bom! Como faço para depositar? Está sendo providenciado. Ótimo. E as reformas urgentes? Daqui a três ou quatro meses encaminharemos os projetos para o Congresso. Ótimo. E enquanto isso, o que podemos ir adiantando? Só as reuniões. Precisamos negociar tudo. Este governo é transparente. Ouve a sociedade. Que bom!



Aumento do Salário Mínimo? Depois a gente vai ver isso. Reforma Política? Tudo ao seu tempo. Reforma Agrária? Estamos negociando. Reforma Administrativa? Estamos criando alguns órgãos novos e alguns cargos. Terceirizando mão-de-obra. Mas isto não é reforma! Você é que pensa. Calma! Estamos testando a Máquina Administrativa. Reforma do Judiciário? Está quase pronta. E o aumento dos servidores?. Isso preocupa. Mas não esperem muita coisa para este ano. Mais um ano perdido, e nem começou! É verdade! Culpa da inflação. Do crime organizado. O crime se organizou primeiro do que a gente. Este é o problema. E a guerra do Iraque não estava em nossos planos. Nem o aumento do dólar. Nem o risco-Brasil. E nem a nossa dependência econômica.



Uma última pergunta: Quando o senhor se candidatou, não sabia de nada disso?











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui