Ó PODE, PODE!...
Fui um menino educado
sem um único palavrão
e ao ver-me assim cercado
pra fugir à educação
cogitava, quem me acode,
quem do cerco me sacode,
metendo na boca os dedos
esticava os lábios ledos
pra dizer: ó pode, pode!...
António Torre da Guia |