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Poesias-->O Ciclone -- 06/04/2000 - 15:27 (Fernando de Vasconcelos Montenegro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sou do campo, lá da roça

Morava numa pequena palhoça

Onde plantava, colhia

Com certa dificuldade

Quando havia inverno e chovia.

Tirava os filhos da escola

Plantando, arranjava o sustento da família,

De sol a sol trabalhando.

Mas, com o advento da máquina, do herbicida

Da ausência de um zoneamento agrícola

Com a chegada da especulação agrária

Com a usura do patrão

Com a falta de assentamentos

Ou com assentamentos mal planejados

Que maldade !

Fui banido pras cidades.

Se metrópole ou cidadela

Vim morar (indecentemente) numa favela.

Meus filhos, quando pequenos

Não tiro mais da escola.

Já estão matriculados

Nos semáfaros reluzentes, cheiram cola.

Minha mulher, agachada, pede esmola.

E o que mais dói, é o ciclone da prostituição

Tudo isso aliado ao descaso

Dos que dizem:

O probema não é meu não !

E eu, no meu pouco entendimento

De quem nunca foi à escola, penso :

Quem pôs o governo lá ?

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