Usina de Letras
Usina de Letras
18 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62282 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10386)

Erótico (13574)

Frases (50671)

Humor (20040)

Infantil (5457)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6208)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->Assaltante com dor de dentes -- 04/03/2007 - 13:23 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Assaltante com dor-de-dente

O J.B era um moreno metido a conquistador, mas profissional alegre, simpático, e ficou conhecido entre os colegas e amigos propagandistas pelo apelido de “Marrom Glacê”, isso devido à sua cor de saúva. Desde que nassceu, na pequena cidade de Soledade, MG, lidou com medicamentos. Ali, o seu pai era dono de uma farmácia e ele trabalhou por muito tempo atendendo aos fregueses no balcão e aplicando injeções. Mais tarde foi ser propagandista, tornando-se supervisor de laboratório por quase todos os anos bons da vida. Quando J.B chegou aos cinqüenta, aposentou-se e passou a contar histórias. Algumas eram verídicas, outras eram relatos de vantagens que nunca, em verdade, levou. Dizia para os que quisessem ouvi-lo, que não queria mais nem saber de laboratório, “laboratório, nunca mais!...”.
Os amigos achavam que, na verdade, eram os laboratórios que não queriam mais saber do J.B. Já estava velho para o ofício. Depois de passar alguns anos no desvio, não conseguiu resistir ao chamado da antiga vocação e decidiu voltar ao ramo dos medicamentos, afinal o seu D.N.A tinha sido forjado em remédio.
Assumiu a massa falida de uma farmácia de ponta de vila, que pertencera ao Teodoro, em Guaratinguetá, SP, e recomeçou a vida. A farmácia não tinha estoque e parecia mais um “tiro ao alvo” do que qualquer outra coisa. O ponto comercial ficava num bairro distante, no final do Pedregulho, a caminho de outros bairros mais afastados, passagem certa de pessoas de caráter duvidoso.
Era um sábado à tarde e tudo estava tranqüilo. O “Marrom Glacê” estava sozinho atrás do balcão, ouvindo no rádio um jogo do seu querido “Verdão” quando, de repente, entrou um assaltante mascarado. O homem usava um lenço branco cobrindo a boca e o nariz. Entrou e disse em voz alta: “Dinheiro, rápido... Passa já!”
O J.B, cidadão pacato, que passara toda a vida pensando exclusivamente em medicamentos estava distraído, curtindo mais uma habitual derrota do seu time, entendeu que o homem (em virtude do pano que trazia amarrado na cara) estivesse com dor de dentes e quisesse apenas comprar “Passajá” (um anestésico popular muito usado para o alívio da dor-de-dente), e gentilmente ofereceu outra marca, um produto similar: “Desculpe senhor, mas o “Passajá” estamos em falta... Temos outro melhor: “Um Minuto”, serve?...”
O assaltante, um sujeito ignorante, pensou que estivesse sendo vítima de deboche por parte do farmacêutico e quase puxou o gatilho. Por muito pouco o “Marrom Glacê” não vê encerrado ali o seu heróico recomeço.
Na próxima, caro JB, tenha mais juízo e “Passe bem!...”









Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui