A água que lavou a alma do nosso presidente não molhou a previdência dos parlamentares e nem deu para lavar algumas sujeirinhas, como, por exemplo: a verba de gabinete, de R$ 35 mil reais, para contratar assessores individuais; a verba indenizatória, de R$12 mil, para ressarcir despesas com o funcionamento de escritórios nos estados; para cobrir os custos com telefonemas, correios, auxílio-moradia e cinco passagens aéreas por semana; além de passagens aéreas e diárias nas viagens de acompanhando de comitivas presidenciais ou para participação de seminários de eficácia duvidosa em relação aos objetivos do Congresso Nacional. Total: : cerca de R$ 80 mil reais por mês, para cada deputado ou senador.
Valores, diga-se de passagem, que se reproduzem nas casas legislativas dos estados e dos mais de 5.500 municípios, guardadas as devidas proporções.
Isto sem falar nos parlamentares que são nomeados ministros, e que têm a sua disposição, milhares de cargos comissionados, de livre nomeação e exoneração, para indicar quem quiser, já que a lei específica não exige do ocupante qualquer comprovação de escolaridade ou de experiência. Sem concurso público, que ninguém é de ferro.
Diferente dos membros do Poder Judiciário, que só têm o salário, e que são obrigados a prestar concurso para ingresso na magistratura, e que não dispõem de verbas ou auxílios extras de qualquer natureza. Um verdadeiro absurdo. E ainda dizem que o Judiciário é quem mais precisa de controle externo.
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