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| Cordel-->Resposta de Lili a Zéferro -- 10/06/2002 - 19:22 (Lílian Maial) |
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Continuação do Cordel Lili - Zéferro
Então fica aí de pé
Bem ereto e ofegante
Não carece de confete
Mas dum vento bem possante
Pois pra apagar meu fogo
Vais soprar mais que um berrante
Esse sopro feito grito
Não abana quase nada
Se te escuto, é num gemido
Entoando a madrugada
Mas por que tantas olheiras
Se era eu a mais cansada?
Deixa em paz o meu umbigo
Que ele é peça de valor
É pavio remexido
Quando esquenta é matador
Se tu queres o perigo
Vem com gás e muito ardor
O meu jogo não é tão sujo
É jogo de sedução
Dá gosto ser meu marujo
Num mar de sofreguidão
Me aguarde com o dito cujo
Nas águas da perdição
Falando em águas perdidas
É com nó de marinheira
Que vou te prender no mastro
E te içar feito bandeira
Do fundo de tanta espuma
Na farra em nossa banheira
Depois te secar com beijos
Daqueles de matadora
Que mata enquanto acarinha
Que cura sem ser doutora
Mas deixa um friozim na espinha
Molhando feito garoa
Sou de chorar do que é triste
Fugir qual diabo da cruz
Se de alegre tu sorriste
Meu olhar também reluz
Inda mais vendo no espelho
Lindeza dos corpos nus
Sou bandida se me apraz
Desde qu’eu escolha a presa
Negro ou branco tanto faz
Importante e´a certeza
Que Zéferro é muito mais
Homi bom por natureza
Lili, estraçaiando devagarinho, pra modi rendê mais...
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