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Cartas-->Carta de uma mãe ao filho soldado -- 29/08/2005 - 10:16 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Hoje, é o meu primeiro Dia do Soldado, depois que minha mãe morreu. Em sua homenagem transcrevo a carta que ela me enviou, em 25 de agosto de 1949, quando em Porto Alegre, como aluno da Escola Preparatória de Cadetes, aos 16 anos, numa emocionante formatura no Parque da Redenção, com os olhos cheios de lágrimas, junto com outros 100 colegas, fiz o Juramento à Bandeira Nacional.

Carlos Alberto Brilhante Ustra


***

O DIA DO SOLDADO

(Dedicado ao meu filho Carlos Alberto)

Em todo o Brasil se comemora em 25 de agosto o Dia do Soldado.

Nesse dia, desde muito cedo despertei com o toque de alvorada. Sentia alguma coisa diferente, uma sensação estranha, e o meu coração vibrava com mais força. Passei sonhando, imaginando e com o pensamento distante.

Imaginava a hora do hasteamento da Bandeira, a concentração, o juramento à Bandeira e o desfile dos soldados pelas ruas. Assim, passei toda a manhã de 25 de agosto.

Alguém há de dizer: por que será que esta mulher hoje sonha e está com o pensamento voltado para longe? Eis a resposta: é que nesse dia, longe daqui, tenho um filho que está jurando a Bandeira e, desde esta data, ele será um dos soldados do nosso querido Brasil.

Não sei se todos os corações de mãe sentem a mesma sensação nesse dia, mas acredito que todas sentem o mesmo orgulho no dia que vêem os seus filhos marchando com garbosidade, como soldados.

Foi por isso que passei toda a manhã com o meu pensamento voltado para a Escola Preparatória de Porto Alegre, ali onde estava o meu filho, com o seu uniforme de gala, ao lado de seus colegas, jurando a Bandeira. Nessa Escola, onde estão se preparando para serem os futuros oficiais do nosso Exército Brasileiro.

Na véspera, li nos jornais o programa da festa, o lugar da concentração, o juramento e o desfile pelas ruas. Então, no pensamento, eu via direitinho e, meu coração palpitava, em ânsias, por não poder estar presente, vendo de perto. Como muitas mães, sentia não poder homenageá-los com uma salva de palmas, mas, no íntimo sentia muito mais.

Agora, preparam-se para a Semana da Pátria, e peço a Deus que me dê essa grande benção de estar presente nesse dia, dando a minha salva de palmas ao ver desfilando os alunos da Escola de Cadetes, onde está o meu filho e mais de 300 moços, bem jovens, moços que esperamos sejam os nossos futuros generais e o orgulho do querido Exército Brasileiro.

Oxalá, Deus me abençoe e, não só eu, como muitas mães também possam nesse dia prestar essa homenagem a seus filhos.

Tua mãe,

Santa Maria, 25 de agosto de 1949.


Obs.: Texto recebido do coronel Ustra - quinta-feira, 25 de agosto de 2005 19:06:35.









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