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Cronicas-->A LENDA DE MARIA DA ROSA -- 09/08/2010 - 22:44 (Gildo Henrique) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Crónica escrita por minha irmã Hilda Conceição:

A LENDA DE MARIA DA ROSA

Muita gente conhece o simpático recanto chamado Maria da Rosa, mas poucos conhecem a história desse vilarejo perdido no meio do caminho entre as praias do Farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes, e do Açu, no vizinho município de São João da Barra.
Parece que ali, naquela paisagem arenosa, a natureza abriu "uma portinha", uma espécie de negócio extra para atrair visitantes fugidos da rotina: Conheça Maria da Rosa. A propaganda foi feita no boca-a-boca mesmo, ao longo de alguns verões, e o ponto acabou ficando famoso. Quem nunca ouviu falar em Maria da Rosa? Se não ouviu, >Bem-vindo à Maria da Rosa!<.
O novo espaço "rústico" tem um rio orlado com vegetação de restinga, areias escuras e grossas e uma ponte para completar o cenário. Também incluído no pacote vem "o mais romàntico por-do-sol"... E, assim, Maria da Rosa tem tudo para se tornar o novo point do verão: um refúgio para turistas (ou não) que querem sair do burburinho do centro da praia, com seus trios elétricos e seus shows de fins-de-semana.
E enquanto o barulho corre solto, os adeptos da tranquilidade correm para aquele "oásis", talvez uma miragem criada no imaginário de veranistas ávidos por novidades ou modismos, só para se livrarem do estresse do dia-a-dia.
O que alguns frequentadores de Maria da Rosa não sabem é que seu nome tem origem numa história de amor...
Reza a lenda que há muitos e muitos anos, viveu ali uma moça muito bonita chamada Maria, que ganhou o apelido de Maria da Rosa porque sempre andava com uma flor nos seus lindos cabelos dourados pelo sol. Mas a rosa de Maria não era uma flor qualquer, era uma rosa que mais parecia uma estrela-do-mar, pelo seu formato diferente, exótico, que ia resplandecendo todas as cores à medida que os raios de sol incidiam sobre ela. Uma raridade a rosa da Maria!
E assim a dona da rosa ia encantando a todos do povoado com aquela flor furta-cor, multicor, como o fundo do mar... Até que num belo dia a Maria se apaixonou. O seu eleito não era um príncipe, era um pescador: Dorival com suas histórias fabulosas...
Tudo preparado para a cerimónia, o altar enfeitado com motivos praianos, bem ao estilo dos noivos e, no lugar do tapete vermelho, um caminho coberto de conchinhas, catadas por Maria para aquela ocasião. Ela, linda com seu vestido branco, esperava ansiosa por seu amor, Dorival, o pescador-contador de proezas mil...Mas, não é que o noivo não aparecera?
Dizem que ele fora atraído pelo canto de uma sereia, que ele conhecera em noite de lua cheia, lá no Furado, em Quissamã...
E Maria, bonita como nunca, saiu correndo numa carreira infinita em busca de seu amor. Dizem que ela não morreu, quando pulou desesperada lá da ponte do cenário... E passou a vagar por aí, tornando-se parte do folclore da Baixada Goitacá.
Esta lenda é contada por um morador lá do Xexé, lugar conhecido como Farolzinho, que é um "anexo", um "puxadinho" da Praia do Farol. Sabe-se também que até existe outra versão genérica da Maria da Rosa: trata-se da misteriosa loura (voz de Cid Moreira...) da Curva da Loura, que nada mais é do que a mesma Maria que, em suas andanças, veio parar na RJ 216, lá "pras bandas" de Boa Vista, e vive assombrando motoristas com seu eterno vestido branco.
Quem quiser conhecer o "certificado de veracidade" dessa lenda, não precisa pesquisar muito: basta conversar com o povo da baixada... Porque, desde que José Càndido de Carvalho publicou O Coronel e o Lobisomem, nossa gente nunca mais parou de inventar histórias.

HILDA CONCEIÇÃO
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