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Humor-->È muito chato! -- 05/02/2007 - 11:36 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
É muito chato


O phithyrius púbis é um inseto assemelhado ao piolho, privativo das regiões pudendas do homem ou mulher, ou seja, púbis e virilha. O bicho também é popularmente conhecido como “chato”. Em 1983, na cidade de Águas de Lindóia, fizemos uma mega reunião do laboratório Cinco-Pharma, quando todos os propagandistas, supervisores e gerentes do Brasil compareceram. Na ocasião faríamos o lançamento de um importante produto —o xampu Delta-kid—, novidade para o combate ao piolho e também ao chato. A empresa andava meio claudicante e aquele lançamento em especial precisava “pegar” de qualquer maneira. Havia muita tensão no ar.
Depois de uma longa semana de estudos e treinamento, comandados por equipes de supervisores em salas separadas, os propagandistas foram levados a um gigantesco salão central onde se faria a simulada geral. De cada equipe sairia um propagandista para o sacrifício e seria aquele que o respectivo supervisor determinasse e julgasse estar mais preparado para fazer a propaganda na frente da platéia enorme.
Nessas simuladas, geralmente se usa um gerente ou um supervisor para fazer o papel de médico. Como estivesse presente a diretora do departamento médico, a doutora Cacilda, esta foi escolhida e sentou-se na poltrona para receber as primeiras propagandas do Delta-Kid. A doutora era uma coroa muito bonita e tesuda, quando se colocava diante de um auditório masculino logo intumescia os bicos dos seios, que cresciam e ficavam parecendo duas chupetas, mas isto é outra história...
Da minha equipe de propagandistas designei para a simulada o Ayala. Foi uma escolha que fiz mais para contrariar o meu gerente, o Justo Bundão, que não botava fé no trabalho daquele profissional e até andava falando em demiti-lo. Mas o Ayala acabou se saindo muito bem, como se verá. A propaganda simulada é o terror de todo propagandista, nem a morte inspira tanto pavor no coração de um homem. O Ayala foi o terceiro numa fila de doze. Até então, o ambiente estava tenso e só se ouviam os aplausos nervosos do final de cada propaganda. Nenhum comentário, nenhum sorriso. Os bicos dos seios da doutora Cacilda estavam cada vez maiores. Quando chegou a vez do Ayala, este subiu ao palco carregando sua enorme pasta preta contendo as amostras de Delta-kid. Puxou conversa com a doutora, tentava “quebrar o gelo”, acalmar-se e tornar mais agradável a entrevista: “Boa noite, doutora Cacilda!... a senhora está bem?” “Não muito bem... estou meio chateada!” —respondeu a doutora. A função dela ali era exatamente aquela, a de desconcertar o propagandista, testar suas habilidades, dificultar seu trabalho. Mas o Ayala, muito nervoso, querendo entrar na propaganda do medicamento e acabar logo com aquela agonia, aproveitou a deixa e foi fundo: “A doutora está chateada com a vida ou está mesmo infestada por uma carga de chatos?” A reunião acabou.

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