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cronicas-->Enchentes, política e caridade -- 17/07/2010 - 09:18 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Enchentes, política e Caridade



Estamos acostumados a enxergar o descaso das autoridades constituídas para com os flagelados das enchentes sazonais que têm afetado nosso Estado e outros mais. Vez por outra as águas arrasam cidades inteiras e aí os carrascos sociais caem em cima dos destroços, no sentido amplo da palavra, caçando desde votos até outra coisas mais, impróprias, até, de serem ditas. Tem sido sempre assim.

Não conheço, nesse meio século de vida que rompi, nenhuma obra de vulto, feita exclusivamente com o fim de acabar com esse sofrimento desnecessário por que passa a população desses Estados afetados. Acredito que se essas autoridades deficientes, se não tivessem permitido a ocupação desordenada das margens dos rios, esse flagelo não tomaria as proporções que temos visto quase que em todos os anos. Em minha querida cidade natal-União dos Palmares, é facilmente visto duas cidades: a alta, que, normalmente, não tem sofrido com as enchentes do Rio mundaú, e a outra, ribeirinha, recentemente arrasada pelas águas das últimas enchentes.

Se os governos municipais, auxiliados pelos Estaduais e tendo em suma a contrapartida do federal, proibissem essas ocupações impróprias dessas margens ribeirinhas, de muito teríamos aliviado o sofrimento de nossos irmãos. A meu ver, a maior caridade que esses governos poderiam realizar, seria a construção de casas populares para esses afetados crónicos, além de reflorestarem as matas ciliares. Não é tão difícil assim refazerem-se esses dois pontos. Quando houver vontade política a coisa será feita e a tempo.

Mas, aí há o outro lado da história, incongruente com a ética social, mas que acontece mesmo! Esses miseráveis que sobrevivem às enchentes, caem nas mãos dos famosos cabos eleitorais e trocam a ajuda humanitária por votos. Uma desgraça alimenta a outra e o horrendo se perpetua como se os Estados estivessem acéfalos.

O mesmo país que sediará a Copa do Mundo de 2014, continuará cego a essas atrocidades? Pode não! Mudar é imperativo. Se para realizar a Copa do Mundo de 2014 o país ficará exposto na vaidosa vitrine internacional da política, no outro lado a miséria estará tomando pé e envergonhando toda uma civilização.

Os políticos, de uma maneira geral, fazem um carnaval com as ajudas a essas vítimas das enchentes. Precisam ser vistos a qualquer custo e permanecerem na mídia. Esse mise-en scene é deveras importante para o próprio carnaval que tais almas cultivam dentro de si. Fazer o quê? Reintroduzirem novas regras sociais e de comportamento para com essas almas despreparadas para a vida política. Passa da hora de construírem obras de contenção de enchentes e moradias dignas para esses sofredores crónicos!

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