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Contos-->Joias do amor -- 17/06/2023 - 12:03 (Brazílio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

 

 

 

Joias do amor

 

 

Cinco da tarde de uma sexta-feira, com feriado anunciado na segunda subseqüente, entram numa luxuosa joalheria um provecto senhor acompanhado de uma estonteante e fagueira jovem. Na quase-certeza de que aquilo ali daria negócio, a própria gerente sai de sua confortável sala para atender o casal.

 

O cidadão, deixando sua companheira à vontade para admirar e escolher, afasta-se para um espaço fumante para curtir seu Cohiba... Um tanto inibida a princípio, a jovem vai-se soltando, a cada peça reluzente que vê... e chega até a perguntar se um colar daqueles sauditas estaria disponível...

 

Concluídas a exaustiva e copiosa escolha e a primeira metade do "puro", já escurinho lá fora, o afortunado cidadão, junto ao balcão, puxa uma cadeira e do bolso interno de seu paletó saca um talão de cheques, e solicita, a gentileza do valor total do investimento...ao que, a senhora gerente, mui graciosamente, porém firme, conquanto absolutamente consternada a ele se dirige, dizendo:

 

- Mil desculpas, meu caro senhor, mas em função do adiantado da hora e de ser uma sexta-feira, nós infelizmente não podemos aceitar cheques como forma de pagamento...

 

Ao que, pacientemente, o caro senhor, cercado dos mimos de sua companheira, responde:

 

- Que pena, pena mesmo, minha cara senhora ... pode estar certa de que igualmente lamento uma inconveniência dessa magnitude... mas, se Vossa Senhoria estiver de acordo, eu preencherei o cheque com o valor devido, acrescido de uma simbólica gratituidade às suas gentilíssimas atendentes, e o confio a Vossa Senhoria que, espero, possa zelar pelo conjunto de joias escolhidas e, mediante a compensação do cheque à primeira hora na próxima terça-feira, já que segunda será feriado bancário, fazer a gentileza de deixar a mercadoria à nossa disposição, ou eventualmente enviar-la para o hotel onde nos hospedamos...

 

Aliviada, e feliz, a gerente e sua equipe despedem-se do casal com os mais efusivos cumprimentos e votos de felicidades infinitas.

 

Chegada a terça, banco aberto, toca o telefone do cidadão, que recebe ansiosa ligação da "Vossa Senhoria ":

 

- Meu senhor, lamento muito, mas infelizmente o cheque não pode ser compensado...por falta de fundos suficientes...

 

Ao que o cidadão responde, com a placidez que a vida lhe ensinara:

 

- Não se incomode, minha cara senhora. Isso se resolve, satisfatoriamente para ambos os lados...por favor, rasgue ou triture mesmo o cheque, porque a minha graça já foi plenamente alcançada...

 

 

 

Paulo Miranda

Enviado por Paulo Miranda em 17/06/2023

Código do texto: T7815866

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