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cronicas-->Tudo passa, na cabeça do rei! -- 28/06/2010 - 10:22 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tudo passa, na cabeça do rei!
Ferido de espanto, olhando um passado nem tão longínquo, resolvi escrever esta crónica. É que estava ouvindo o grande Oswaldo Montenegro com sua belíssima canção "Lista de amigos", essa obra já imortalizada dentro dos corações dos romànticos. Lembrei-me dos meus "amigos" e resolvi pór em prova a força dessa canção diante do meu entendimento e de minha prática nessa seara. Constatei verdades duras que me roubaram lágrimas do coração. Foi bom! Resolvi reaprender a fazer amigos e não sofrer mais, tanto, quanto nos tempos que pensava que sabia fazê-los bem.
Meu velho e saudoso pai sempre me dizia; "meu filho, os amigos nós perdemos de vista, passamos mil anos sem vê-los e quando chegamos à sua frente somos bem recebidos e eles nos ofertam alegrias. Quanto aos inimigos nós não podemos dizer o mesmo. Eles devem sempre estar ao alcance dos nossos olhos e amarrados à fivela de nosso cinturão, para que, quando levantarem as mãos e o punhal para nos ferir, possamos ver e segurar-lhes a mão. Amigo é coisa rara, nunca se esqueça disso". Meu velho querido estava muito certo. Tão certo que estou obrigado, agora, a publicar o seu sábio ensinamento acerca dos verdadeiros amigos.
A casa cheia de gente, mesas festivas recheadas de guloseimas, nossa disposição em ajudar a quem quer que fosse, doação vinte e quatro horas ao dia, tudo isso entre falsos amigos na maioria das vezes. Ouvi de tantos deles: " você é o irmão que não tive" ," Deus me livre perder você um dia", não conheço ninguém melhor do que você", etc. Os elogios bajuladores, as dedicações sem sustentação da alma e outras coisas mais, algumas delas indizíveis, pela imoral bestialidade que carregavam dentro de si.
Graças a Deus tudo passou. Se ainda não reaprendi, como devo, a fazer amigos, mas, certamente, já aprendi, e muito bem, a desfazer-me dos falsos "amigos". Tenho feito um grande esforço para me livrar deles e selecionar com mais fidelidade os novos que, bem mansamente, tenho ajuntado ao meu lado, fazendo-os ouvir à sombra do meu olhar cuidadoso, a cor e o perfume da canção de Oswaldo Montenegro. Preciso fazê-lo por amor e zelo à própria amizade em sua essência mais dêusica.
Quanto ao rei e à sua coroa, eis que certa lenda antiquíssima ensina que: um dia, certo rei egoísta, que não permitia que ninguém tivesse mais dinheiro do que ele, achou-se diante de um súdito que conseguira a façanha indigesta. O rei revoltado mandou trazer o comerciante rico à sua frente e deu-lhe o veredicto: tens oito dias para se livrar da forca. Ninguém mais rico do que eu pode viver em meu reino. Consiga, pois, uma frase que, colocada em minha coroa, quando alguém a ler, ainda que alegre se entristeça, e aos que tristes lerem, alegres fiquem. Terminado o prazo o rico comerciante pós sobre a coroa do rei a seguinte frase: " TUDO PASSA". E eu, assim como aquele comerciante, encontrei a mesma frase dentro do meu peito e é com ela que estou rearrumando a vida e os amores. Nada há que fique para sempre. Tenho rezado todas as noites por aqueles que sugaram de minha generosidade e se esqueceram da amizade. E, lembrem-se todos que há reinos, há reis e há a amizades!

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