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Cartas-->Carta à Senadora Heloísa Helena -- 16/08/2005 - 10:18 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Repasso com aplausos efusivos e me ombreando, em muitas coisas, a esta senhora autora da carta à imbecil "glamourizada" pelos descerebrados e incultos, tanto da esquerda quanto da "suposta" direita brasileira, a trotskista Heloísa Helena .
O pior é ver militares aplaudindo esta comunista, como se se tratasse de gente...

Sds,

Graça Salgueiro

Palmas para a sra. Julia Aidar.

Da seção de cartas do Primeira Leitura

data: 2005-08-13 01:21:57
Nome: Julia Aidar
Email: julia.aidar@gmail.com
Cidade: São Paulo
Assunto: heloísa/gramsci

Caro Reinaldo,

Enviei o email abaixo ainda no calor da raiva que passei com a declaração da dona Heloísa.

Julia Aidar

Tradutora e Intérprete

julia.aidar@gmail.com

Cara Senadora Heloísa Helena,

Segue abaixo texto escrito pelo então presidente do PT José Genoíno, descrevendo a política e ideologia do PT, do qual a Sra. já fez parte. Somente os trechos sublinhados já devem ser suficientes para comprovar que não é exatamente verdade o que Vossa Excelência acaba de dizer na CPMI dos Correios. Será que algum dia teremos alguém no Brasil que não lê apenas livros de esquerda?

E quanto ao poeminha que a Sra. leu, gostaria que me desse exemplos de quais foram os trotskistas, os socialistas e tutti quanti que não se renderam ao poder, desde que chegassem a tê-lo um dia.

Pode ir tirando suas conclusões desde já, que eu confirmo: sou sim da elite. Sou da elite intelectual brasileira, estou entre as poucas brasileiras que já nasceram com uma biblioteca em casa (apesar de nenhum dinheiro). Trabalhei na roça também, e não pouco, desde muito criança. Também fiz parte do trabalho infantil do Brasil. Mas também aprendi a ler e pensar com meus pais, que apesar de serem pobres na época em que nasci não deixaram nunca de ser elite. Por isso me ofende profundamente o Sr. Presidente de esquerda que temos vir dizer que é muito ético porque seus pais eram analfabetos. Meus pais são intelectuais, e na minha família nunca um api abandonou os filhos e a mulher e caiu fora para ter outros filhos, deixando os primeiros passando fome. Essa é a ética que um dia a Sra. defendeu, e não me venha dizer que não é gramcista, porque então a Sra. não leu Gramsci, que é o mentor do partido cujo "patrimônio ético" a Sra. defendia até outro dia.

Uma pequena citação para terminar, que está originalmente em inglês, mas como sei que os esquerdistas se orgulham de não aprender a língua do "grande capital" como diz o seu colega Babá, vou traduzir:

"...Mesmo assim, perguntar se a ordem capitalista da sociedade é mais ou menos defeituosa, dificilmente seria uma resposta definitiva para a pergunta: o socialismo seria capaz de proporcionar um substituto melhor? Não é suficiente provar que a ordem social baseada na propriedade privada dos meios de produção tem falhas, e que ela não criou o melhor de todos os mundos possíveis; é necessário mostrar, além disso, que a ordem socialista é melhor." Socialism - An Economic and Sociological Analysis - Ludwig von Mises p.16 (1951) - Yale University Press

A frase é tão simples que não precisava nem ter sido escrita por um dos maiores economistas do século passado. Qualquer vovó lhe diria o mesmo. Ainda estamos esperando a prova de que a ordem socialista é a melhor. Mas não quero servir de mais uma cobaia do socialismo. Para mim a URSS, Cuba, Camboja, Coréia do Norte (campos de concentração até hoje, sabia?), Vietnam, Venezuela, já são suficientes. E a Suécia, diria a Sra., um país tão civilizado e que foi tão socialista até outro dia, hoje privatiza suas empresas e desestatiza os serviços, porque o igualitarismo produziu uma sociedade de suicidas, que não são valorizados pelo que sabem ou pelo quanto trabalham, já que todos seus salários são praticamente iguais, fazendo com que ninguém mais distingua entre trabalhar ou viver de benefícios estatais (estamos começando a chegar lá, leio na mídia hoje), e que ninguém se esforce para estudar ou trabalhar mais e melhor, pois não ganham nada com isso. Ainda estou para estudar o socialismo na África, mando-lhe depois informações mais detalhadas sobre quanto estrago seus colegas causaram a esse continente já não muito abençoado, digamos.

O que o socialismo não prevê, Senadora, é que a natureza humana não pode ser mudada por decreto. Aliás, nem mesmo por massacres, que foi a opção tentada no mundo todo. E a natureza humana ainda não prescindiu da propriedade. E também não prescindiu da inveja e do rancor, que é o que alimenta e sempre alimentou as fileiras socialistas. É muito fácil conquistar adeptos nas massas conclamando-os à vingança contra os poderosos. Difícil seria explicar-lhes como as coisas realmente funcionam. Mas acredito que a maioria dos esquerdistas nunca se deram ao trabalho de ler von Mises, ao contrário dos conservadores, que fazem questão de ler Marx, para comparar e ver quem é melhor. Por isso não podem e não sabem explicar ao povo por que é que não conseguem fazer aquilo que prometem. Ou por que é mesmo impossível fazer o que prometem - porque isso exigiria uma outra humanidade.

Mas vamos ao seu ex-presidente Genoíno:

07/06/2003 - A esquerda e as reformas

A vitória do PT nas últimas eleições presidenciais e o caráter de algumas medidas que o governo Lula vem adotando estão pondo em discussão o significado da postura política de esquerda. Para alguns, o colapso do socialismo real já havia dissolvido as diferenciações ideológicas. Para outros, entre os quais nos incluímos, a diferenciação ideológica permanece viva e efetiva, embora redefinida ou em redefinição.

Para nós, ser de esquerda significa manter a fidelidade fundamental à luta pelos direitos de cidadania dos mais fracos, dos excluídos e dos trabalhadores. Nestes termos, ser de esquerda implica lutar por uma sociedade materialmente mais eqüitativa, socialmente mais justa e politicamente mais democrática. Além disso, ser de esquerda significa manter a fidelidade a princípios e valores como o humanismo, a civilização, a paz, a liberdade, a igualdade, a solidariedade e os direitos humanos.

Na nossa concepção, ser de esquerda não significa buscar um ponto de chegada ou uma sociedade estática. Significa participar de um movimento, numa sociedade de conflitos e de diferenças, na busca de uma igualdade crescente, preservando sempre a liberdade. A partir desses critérios básicos podemos afirmar, de forma peremptória, que o PT é um partido de esquerda. O governo Lula, embora tenha uma composição de centro-esquerda, guarda uma compatibilidade geral com as postulações de esquerda.

A esquerda democrática redefiniu, há décadas, sua estratégia de ação política nas sociedades democráticas. A partir das formulações de Antônio Gramsci, os partidos democráticos de esquerda aceitam as premissas do jogo político democrático até as últimas conseqüências. A radicalização e o aprofundamento da democracia se tornaram elementos centrais de suas estratégias. Trata-se de lutar pela hegemonia política, cultural e moral (valores) no interior das sociedades democráticas. A luta pela hegemonia e pela construção de consensos tem também uma implicação material. Essa implicação comporta garantir as condições de um equilíbrio material entre os diferentes grupos sociais. Ou seja, trata-se de lutar por uma sociedade material e economicamente eqüitativa.

O PT já havia definido o caminho estratégico da luta pela hegemonia em 1991, quando realizou o seu primeiro congresso. Naquela ocasião recusou os postulados da ditadura do proletariado, do partido único e da ruptura revolucionária. Somente os desavisados se podem surpreender com as atuais postulações do PT e com as atitudes e medidas do governo Lula.

A partir da admissão de uma estratégia democrática e de que a democracia é, ao mesmo tempo, meio e fim da luta política, o reformismo radical passa a ser o conteúdo essencial de uma prática política de esquerda nas sociedades capitalistas e liberal-democráticas. As reformas propostas pela esquerda devem ser compatíveis com aquelas definições e princípios que caracterizam uma atitude de esquerda.

A reforma da Previdência proposta pelo governo Lula - ao garantir o caráter distributivo do sistema, ao introduzir o princípio da justiça orçamentária e social quando estabelece um sistema previdenciário universal com piso e teto igual para todos e ao promover o princípio da solidariedade propondo a taxação dos inativos - mantém uma coerência inquestionável com a postura política de esquerda. A proposta de reforma da Previdência é coerente com uma atitude de esquerda, também, porque combate privilégios e permitirá uma distribuição mais eqüitativa dos fundos públicos entre os diversos grupos sociais carentes.

A proposta de reforma tributária deve ser vista como um primeiro passo no sentido de uma reforma mais ampla pela qual o PT lutará ao longo do tempo. O PT lutará por um sistema tributário que garanta a justiça tributária. Isso implica a busca de um sistema que incida menos sobre o trabalho e a produção e que tenha um sentido progressivo e distributivo. O PT quer também um sistema menos fiscalista, que desonere mais a sociedade como um todo e seja mais eficiente no combate à sonegação. Mas, ao dar um passo importante no combate à guerra fiscal, a atual proposta combate os privilégios de grupos poderosos que se tornaram viáveis à custa de subsídios públicos e da perda de receitas que poderiam ser aplicadas em políticas sociais.

O PT lutará para que o governo Lula seja marcado pela realização de reformas profundas. Além das reformas em curso, o País precisa de uma reforma trabalhista que garanta direitos básicos e modernize as relações de trabalho, de uma reforma do Estado que racionalize e diminua custos e o torne mais eficiente, de uma reforma política que fortaleça os partidos e garanta condições mais iguais de disputa, de uma reforma do Judiciário que o democratize interna e externamente e garanta agilidade na aplicação da justiça. São necessárias ainda a reforma agrária, a reforma educacional e uma revolução produtiva e tecnológica que promova a inovação, a competitividade e a geração de empregos.

Por ser um partido de esquerda, democrático e responsável, comprometido com a garantia das condições de governabilidade do país, o PT recusa o caminho do discurso do radicalismo estridente. Ser de esquerda é incompatível com a defesa de privilégios corporativos arraigados e com a manutenção de um modelo de Estado que está a serviço da concentração de rendas e riquezas. O Brasil precisa de reformas. Promovê-las deve ser o sentido fundamental do governo Lula.

José Genoino é presidente nacional do PT

Publicado pelo jornal O Estado de S.Paulo em 7/6/2003

José Genoino

***

"Quando todas as armas forem propriedade do governo, este decidirá de quem serão as outras propriedades" (Benjamin Franklin).

Dia 23/10, Vote NÃO!

*************

Obs.: Heloísa Helena é uma porraloka que tem o regime tirânico de Fidel Castro como modelo de governo. Não é preciso dizer mais nada desta senhora (F.M.).







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