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Humor-->Harém na Ilhabela -- 22/01/2007 - 19:41 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Harém na Ilhabela


Nas minhas férias de fim de ano fui pra Ilhabela, onde tinha ido apenas uma vez no longínquo ano de 1975. Naquele tempo, o lugar era apenas uma estação de balsas, borrachudos mil e nada mais. Lembro que voltamos de lá, eu e o meu amigo João Macaco, frustrados com a experiência.
Ah, mas dessa vez foi diferente! Fomos eu e o meu harém de quatro mulheres. A ilha está maravilhosa, toda asfaltada, há hotéis e programas turísticos, tudo de primeira. Alguns transatlânticos estão ancorados ao longo da costa e os turistas invadem as praias limpíssimas. Há belas cachoeiras e o comércio é de bom nível. Os borrachudos ainda estão lá, mas acabam por fazer parte da aventura e tudo vira festa.
Ficamos hospedados numa casa de praia, ampla e confortável, com vista para o Lago Ness, ou melhor, para o canal de São Sebastião. A qualquer hora o monstro misterioso poderia surgir das águas. Era bom ficar atento, apreciar, olhar de novo, gravar nos olhos para sempre. Longe, emergindo do mar, a Ilha de Alcatrazes escondida, visitada por poucos, nunca citada nos mapas nem nos guias turísticos. Misteriosa e proibida presença de granito negro, egoísmo dos homens de poder.
Éramos eu, a Joana, a Daise, a Cidinha e a Luciana. Pegamos uma cor, nadamos nas piscinas de água cristalina da praia do Curral, comemos camarões enormes e alheios (o que foi mais gostoso ainda). Caminhamos, sobretudo caminhamos, nas tardes e nas manhãs. Numa dessas longas caminhadas, passamos pela Rua Conde D’eu, na praia do Julião. Ao ver o nome da rua, uma das mulheres do harém não se conteve: “Vejam! Isso que é sorte, o Conde deu, ficou famoso e ainda virou nome de rua. Acho que farei o mesmo!...”
Epa!... Essa não, mil vezes não! Pelas barbas do profeta! Não gostei de ouvir aquilo. Podia ser o começo de uma rebelião no meu harém, um ataque iminente a este machão. As mulheres começavam a pensar bobagens e ficar impacientes. O mar tem a virtude de mexer com a sensualidade delas, as placas tectônicas hormonais se mexem lá dentro. Dez dias já tinham se passado e era melhor para minha saúde voltar voando para Taubaté. Minha competência, reconheço, não dava para tanto.








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