O homem de hoje está afogado numa realidade caótica, “vivendo” (?) em ritmo alucinado: sob o domínio da criminalidade, desenvolvendo jornada(s) de trabalho que não acaba(m) (celular, e-mail, interrupções sucessivas). Sofrendo trânsito cansativo e irritante; alimentação deficiente; cuidados com a saúde adiados; o barulho constante; revoltado e sem esperanças com os políticos; “ligado” 24 horas por dia, em elevado nível de ansiedade, acumulando estresse. O inevitável envolvimento com a deterioração da qualidade de vida em todos os cantos, mesmo nas pequenas cidades ocasiona ou agrava doenças. O mundo está doente, as cidades estão doentes, o homem está doente!
Indicações preciosas para remediar ou defender-se, criando uma espécie de “muralha protetora” existem. Muitas, no entanto, de difícil execução: indisponibilidade de tempo (somos escravos das obrigações), ausência de recursos econômico-financeiros para bancar o custo dos mecanismos de defesa (sessões de psicanálise, passeios, viagens...)... Mudar de profissão e ou endereço (para uma cidade ou bairro mais tranqüilo) está ao alcance de poucos.
Personalidades religiosas, históricas, artistas, especialistas são exemplos que orientam a procura de remédios e defesas que lhes preservaram a saúde mental e os sustentaram nas dificuldades, conturbações, sofrimentos e tragédias. A revista VEJA (edição de 25.agosto.2004, página 94), publicou interessante matéria em que aponta “sete recursos como básicos para quem deseja construir uma sólida estrutura mental e emocional”, lembrando que “cabe a cada um selecionar os itens que considera mais adequados à sua personalidade”. São eles: 1. Vida familiar “saudável, para obter paz consigo mesmo”; 2. Meditação “para obter domínio sobre as emoções... manter-se equilibrado e menos sensível às tensões do dia-a-dia”; 3. Boas causas. Engajar-se como voluntário “em alguma ação social... cria uma sensação de paz interior”; Espiritualidade. “Cultivar senso ético, os valores e crenças pessoais norteiam nossa razão e nossas emoções”; 5. Leitura por prazer. “proporciona crescimento pessoal, estimula o raciocínio e contribui para a longevidade”. “Quem lê costuma ser mais ativo e desenvolve idéias próprias”. 6. Passatempos. “Praticar algum hobby, viajar... para o stress da vida moderna”. 7. Senso estético. “Cultivar o intelecto, a criatividade e o senso estético... para enxergar melhor o mundo e a si próprio”.