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cronicas-->As melhores faces da Morte ( Cronica e Contos, Encantos e De -- 06/05/2010 - 08:28 () Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Com o aparecimento do primeiro animal apareceu a morte. Com o aparecimento do primeiro homem sobre a terra apareceu a curiosidade e os mitos sobre os mistérios da morte e, estes mistérios criaram e, dão suporte a todas as religiões existentes. Ela é um dos sete medos capitais impedientes do sucesso das pessoas, no entanto, tem prestado-se a promover muita nulidade neste mundo de Deus.
Apesar de horripilante e assustadora a morte tem sido durante toda a história fonte de sustento e sucesso para muita gente. O seu estudo tem sido o pilar mestre de todas as religiões O coveiro sustenta sua família com ela. No antigo Egito as embalsamações eram regiamente pagas. Outras pessoas anónimas na comunidade conseguiram entrar para a história graças a notoriedade das pessoas assassinadas por elas. Nunca teríamos ouvido falar de John Wilkes Booth, se não houvesse o assassinato de Abran Lincol, ou de Lee Harvey Oswald sem a morte Jhonn Kennedy, ou de Brutus se não tivesse assassinado Júlio Cezar. Estes fizeram alguma coisa e pagaram o preço do sucesso. Mas existe uma terceira classe de homens os quais conseguiram o seu passaporte para a notoriedade pelo simples, fato da sorte, de estarem no lugar certo na hora certa, recebendo a morte como uma dádiva dos Deuses, para dela beneficiarem-se por toda a eternidade até o fim dos tempos. Entre tantos outros poderemos lembrar Tutukamom, Póncio Pilatos, Barrabas e porque não António Brito?
Eu já tenho misturado muitas coisas na minha vida, principalmente bebidas que não foram muito poucas. Uma noite, na minha juventude, la no Querência Hotel, iniciamos o Dino, dono do hotel, um primo dele, Seu Manoel, construtor que reformava o banco do Rio Grande do Sul e eu, iniciamos tomando caipirinha, jantamos tomando vinho, depois ao recordar-me do litro de whisk ganho pelo Dino, toma-lo e, por fim voltamos ao vinho. O seu Manoel e eu apanhamos a sua Dessoto e fomos tomar uma cerveja na vila Brasília ( o Meretrício de Vacaria). Mas até hoje não havia misturado uma festa de aniversário com um velório como naquele dia 25 de junho de 2006.
O velório de uma pessoa idosa é a grande oportunidade de reencontro de parentes. Neste especificamente encontrei primos não vistos a mais de quarenta e seis anos. Conheci primos sobrinhos dos quais nunca tivera noticias de sua existência. Em fim encontrei-me com meu próprio passado distante.
Em fins de maio recebi o convite para a festa de noventa anos da sogra do meu irmão, Dna Isabel Mendonça. Em principio não me achava em condições financeiras de viajar quatrocentos e cinquenta quilómetros até Pelotas. Com o evento da aposentadoria meu poder aquisitivo, vem ano a ano minguando-se, creio por certo e verdadeiro que morrerei ganhando salário mínimo, por honra e graças de um gaúcho, Ministro da Providencia, chamado Antonio Brito. Minha esposa bateu pesado:
"Como não vais ir? Tens de ir sim. Quem mandou o convite foi o filho dela, Marçal. Para comer cabeça de ovelha e chupar caracu de chibo, lá na estància, como costumas dizer, não tens dificuldade agora, para o aniversário, vais arrumar desculpa?"
Abasteci a F1000 e larguei viagem dia 24, chegando lá a noite. Na estrada fui pensando. Não estar livre da possibilidade de bem próximo ter de voltar a Pelotas. Pois minha ultima tia, completara noventa e nove anos em abril e, nessa idade a morte já não é uma surpresa, alias, é uma coisa bem esperada. Pernoitei na casa dos Mendonça em Pelotas.
Pela manhã fui encarregado, pelo meu mano de levar a sua ex-nora e nossa sobrinha para a festa. O que seria uma enorme satisfação se não fosse numa festa onde somos todos conhecidos. A separação do casal deixou certos estremecimentos até entre os irmãos. Eu nunca fui chegado nas primas, até por não ter irmãs elas passaram a ser as minhas irmãs.. Algumas delas mais chegadas, eu nunca poderia casar, pois, em criança muito bati nelas e como esposa eu iria querer continuar. E como tal não concordei com o casamento dos meus sobrinhos Cheio de grau cheguei a festa. Para quem não nos conhecesse um velho de 61 anos acompanhado de uma loiraça daquelas, de pouco mais de trinta anos, estaria fazendo um cartaz tremendo..
Quando eu estava estacionando a F 1000 meu mano, saiu do salão e veio encontrar-me:
"Mano! Uma coisa desagradável para ser mantida, aqui na festa, somente para a família Viégas, a tia Celina vai ser enterrada agora as quinze horas. Eu não posso ir mas tu vais ter de almoçar e comparecer ao enterro."
Almocei pensando nas melhores faces da morte. Tia Celina ofereceu-nos a ultima chance dos primos reencontrarem-se. Nunca mais haverá um reunião de família tão grande. Quiçá alguns primos mais chegados, compareçam aos nosso velórios, muito menos nossos primos sobrinhos.Assim fui pensando em pessoas beneficiadas na história ou até em vida pela morte sua ou de alguém, como já citamos lá no inicio.
Tutan Kamon um Faraó menino, praticamente sem importància, que governou somente por nove anos. Diferentemente de seu pai Akenaton o criador das escolas de mistérios cujas ramificações chegam até nós. Sua importància é medida pelas dificuldades em encontrarem-se registros sobre a sua atuação como governante. Mas conseguiu imortalizar-se, pela própria morte em 1352 AC, ou melhor ha 3540 anos, por um fato "sui geniris", seu túmulo foi o único a ser encontrado intacto. Na entrada deste, a maldição. Prevendo o prazo em que, quem houvesse violado, o sagrado tumulo deveriam perecer. Dentro do prazo realmente todos morreram inclusive o homem que financiou a expedição, embora não tenha participado dela.
Póncio Pilatos, Um político e militar Romano sem praticamente nenhuma expressão. Enviado para governar a Judéia, quem sabe até na aposta de Tibério em seu óbito lá por aquelas paragens. Com certeza morreria no anonimato desaparecendo como tantas outras figuras da época que se perderam nas brumas do tempo, a sorte não lhe tivesse sorrido com a morte de um Jesus Cristo. Por sua covardia, assim como se suicidou ao cair em desgraça do imperador, oito anos após Jesus, entrou junto com a sua vitima para a história. Se em seu lugar estive um Quinto Arrio, também político e militar, seu contemporàneo, a história, com certeza seria diferente. Ele teria se imposto, fazendo valer o poder que o império lhe conferia dizendo;
"Não mata este justo"
E tanto um como o outro iriam para o esquecimento. Ele não! Temeu ser condenado pelo império caso concorda-se com a morte. Por envolver-se em assunto estritamente judeu. Temeu um levante por parte dos judeus caso se impusesse como deveria, e por levantar duvidas sobre sua capacidade militar para domina-lo, pois caso falha-se o império não o perdoaria. Saiu do dilema optando por lavar as mãos.
Segundo o e "evangelho Mors Pilati" o imperador Tibério Cezar ao sentir-se doente, enviou, Volusiano, à Judéia em busca de Jesus, o médico capaz de salva-lo, este só chegou a Judéia depois da morte de Cristo. Se tivesse chegado antes, nós nunca teríamos ouvido falar em qualquer um dos três. Qualquer criança nasce ouvindo falar de Pilatos, no entento, muito estudante de faculdade não sabe quem foi Tibério Cezar.
Luis Barrabás, Barrabás (aramaico Bar Abbas: "filho do pai), personagem citado na Biblia era um perturbador da ordem pública, vil, de má fama, ladrão e assassino anónimo, vivendo nas montanhas, roubando aqui e ali e morreria, no anonimato, se não fosse preso as vésperas da páscoa quando o governador Romano na palestina indultava um condenado a morte e, concorriam pela vaga ele e um tal de Cristo. Consultados por Poncio Pilatos optaram por indulta-lo e o morto tornou-se Jesus Cristo, crescendo, crescendo e agigantando-se a cada século passado, carregando com sigo para a eternidade os dois nomes Poncio Pilatos e Barrabas. Ao entregar a decisão para o povo de quem seria indultado, Cristo ou Barrabas, Pilatos promoveu a primeira eleição e o povo já naquela época provou o quanto é `acertado" o direito de voto.
O próprio Jesus Cristo, um homem com somente doze seguidores, ou nem isso, pois, o principal deles o negou aquela noite por três vezes, quando foi preso e, seu nome cresceu e agigantou-se pela própria morte.
Em Cruz Alta, eleições de 2000, Salvador Pires, candidatando-se a vereador, tem sua candidatura impugnada, por constar no cartório Eleitoral como morto, sua campanha comprometida, como realmente o foi até as vésperas da eleição, no entanto, a imprensa encarregou-se dela, através do noticiário sobre as peripécias sofridas por para provar estar vivo. Foi eleito sem despesas.
Antonio Brito, na minha concepção um repórter menor, anos luz aquém de Jorge Alberto Mende Ribeiro, Flavio Alcaraz Gomes ou de ou de um Sérgio Jokmam. Eu ao menos não lembro de ter ouvido seu nome antes do episódio Tancredo Neves. Tancredo, o maior exemplo de quanto a memória dos brasileiros é fraca. Na minha juventude, quando ele era primeiro Ministro do Brasil, nós só não pintamos as caras por ainda não existir esse modernismo. De vilão do passado, de uma hora para a outra vira herói do dia. Morrendo como tal. Ser porta voz do presidente até hoje não imortalizou ninguém. Quem sabe o nome do porta-voz de Fernando Henrique? Ou quem lembro o nome do Porta voz do, polemico presidente Jànio Quadros? Mas ele não. Foi brindado com a morte do patrão, em taça de ouro. Durante a agonia do chefe virou chaveirinho de televisão, entrou em todas os lares do Brasil. Antonio Brito estava no local certo e na hora certa e, notabilizou-se por dizer:
"O presidente Tancredo Neves acaba de falecer."
Chorou com todas "as viúvas de Tancredo". Escreveu um Livro, Foi fabricado Ministro, levando a falência todos os aposentados com ganhos acima do Salário Mínimo. Será que a aposentadoria dele como ex-governador de estado também tende a chegar ao salário mínimo, com a minha? Posteriormente como governador do Estado do Rio Grande do Sul dilapidou, em quatro, mais de quarenta anos de construção. Vendendo seu património. Eu não consigo entender a ignorància da empresa privada em querer comprar, negócios tão inviáveis para o estado, quanto telefonia, energia elétrica e água. As empresas estatais, num estado bem administrado, com especialistas do ramo, não políticos desempregados, na sua administração delas, teria a função de gerar receitas para o estado a fim de reduzir a carga tributaria do contribuinte.




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