Nem só de más notícias vive o país. Ares novos têm nos encontrado por esses dias e as esperanças parecem renovadas diante deles. Afinal, já era mesmo a hora de desafogarmos pelos tantos e imensos desafios que enfrentamos nas últimas décadas. Respiramos melhor.
O Brasil é a oitava economia mundial e a segunda da América latina. Isso é deveras representativo para todos nós brasileiros, porque o olhar internacional da globalização procura para investimentos, justamente essas potências emergentes como o Brasil, para investir com segurança o seu capital. Deverá cair sobre nós, olhares mais atentos do que no passado. Somos, sem sombra de dúvidas, o país mais importante da América do Sul e um dos mais importantes do mundo. Quem duvida disso?
Não nos basta interpretar essas informações a nível da geografia política internacional, mas, para nosso fortalecimento cívico também e, principalmente. Apesar de ainda trazermos a nossa Economia fechada, estamos preparados para crescer muito. O desempenho dela foi algo de razoável a bom, apesar da crise que assolou o mundo no ano passado. Crescemos e isso é bom. Precisamos criarmos mais valores agregados aos nossos produtos e com isso arranjarmos mais divisas para os cofres do país.
Acredito que o medo apocalíptico que arranjamos para nele acreditar, diante da bruma tediosa que a última grande crise caiu sobre o mundo civilizado, passou. Agora só estamos pensando em crescimento, nada mais. O país voltou a achar um rumo coerente com a sua ànsia desenvolvimentista.
Quando leio e releio os prós e os contras acerca do nosso crescimento económico, gosto de lembrar paralelamente e com isso compará-lo à s recentíssimas investidas dos cientistas à procura de planetas fora do Sistema Solar e com isso aproximarem-se de vidas extra terrenas. Precisamos ousar e muito. Nem só de pão vive o homem. Carecemos crescer como um todo, respirar desenvolvimento, mas sem nos esquecermos que por aqui entre nós não estão apenas as boas notícias. Vivemos também em outro país indesejado por todos.
Sabemos dos cupins que agridem o nosso desenvolvimento como um todo. Eles desmontam parte do que sonhamos. As nossas aspirações ideológicas parecem se aquiescerem e, de súbito, a outra face do país aparece e fere o nosso olhar. Que face, então, é essa? Fiquei perplexo com uma notícia que eu li em um grande jornal do país, nesta semana, relatando que, dois países europeus devolveram ao Brasil, duas cargas de açúcar porque nos contêineres havia, ao invés do produto, areia. Esse é o país que ainda nos envergonha. É preocupante sabermos que o Chile, o Uruguai e a Argentina, per capita, investem bem mais do que o Brasil em Educação e Saúde. Como pode? Nosso vizinho cambaleante, a Argentina, possui uma renda per capita maior que a nossa. E agora, José? São essas constatações que nos intimidam. Há cousas que ficam inapagadas. Precisamos de novos ventos que nos mostre um caminho ainda mais diferente do que o que já tomamos. Crescer exige sacrifícios irremediáveis.
É bom sabermos que nos últimos quarenta anos, em nosso país, caiu o analfabetismo. É preocupante entendermos que a população tornou-se predominantemente urbana. Não sabemos dar o valor necessário aos "golfinhos" nem as nossas " Toninhas". Isso é mau! Se o desenvolvimento não contemplar primeiramente o homem como um todo, de nada nos valerá crescer e crescer, apenas por isso em si!
