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Infantil-->BOLHAS DE IMAGINAÇÃO -- 17/06/2004 - 07:59 (sandra ethel kropp) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ana era uma garota bacana. Daquelas que sabia que sonhar era uma grande aventura.
Em seus sonhos ela verdadeiramente se aventurava. Gostava das sensações prazerosas de pensar e imaginar acordada. Só em coisas boas.
As vezes sumia entre seus pensamentos. Largava a caneta e o papel da lição de casa e ficava divagando entre as nuvens imaginarias de seu pequeno quarto.
Dormia sozinha, mas seus irmãos, todos homens, adoravam bagunça-lo pra depois ouvirem ela levar bronca.
Mas ouvir a mãe falar um monte sempre terminava na porta do quarto dos irmãos. Esse era uma zona, não adiantava falar.
Ana pensava sempre como seria interessante se ela pudesse voar. Tirar os pés do chão quando tivesse vontade e passear céu afora.
Pensando nisso, viu um dia algumas bolinhas de sabão subindo leve e lentamente na frente da janela de seu quarto.
Sempre gostara do movimento delas, mas jamais parara para admira-las tão de perto.
Não havia nada as perturbando. Dançavam próximas umas as outras. A colisão entre elas implicava numa leve ruptura. As bolhas desapareciam. Mas outras surgiam de baixo, e o fim delas era tão singelo que remetia Ana a imaginar quantas e quantas ainda nasceriam em seus lugares.
Ana estava intrigada e queria saber quem estava fazendo as tais bolhas. Espiou janela abaixo e viu que elas vinham do prédio ao lado do seu, através de uma maquininha simples de um menino que devia ter quatro.
Ele divertia-se, apesar de Ana não saber se ele também sonhava como ela.
Enquanto ele fazia as tais bolhas, na ansiedade de produzir mais e mais, ela apenas as admirava, sem a pressa de querer fazer também.
Certa hora ficou intrigada. Pensou se estas bolinhas não podiam entrar dentro de sua pequena cabeça e leva-la junto para dar um passeio. A vontade de Ana em voar era muito grande.
Ana continuou observando. Sua imaginação trabalhava sem cansar e sem parar.Preferia ficar olhando pela janela à brincar com seus brinquedos. Não tinha paciência de se sentar ao chão, brincar de boneca, explorar seus brinquedos.
As bolhas subiam, e Ana dava nome a cada uma delas. Aninha, Anete, Amanda, Andréa.... e assim foi de A até o Z, passando por todas as letras, nomes de homens e mulheres. Nem sabe quantos nomes deu.
Perguntou-se porque uma bolha sobrevivia mais que a outra, porque umas eram tão grandes e outras tão pequenas.
O menino continuava lá embaixo, fazendo as bolinhas. Ana se perguntou como ele não se cansava de fazer alguma coisa tão repetitiva. Tão sem graça.
Mas se lembrou que se o menino parasse, ela também perderia sua diversão.
Foi quando pediu pro menino ficar muito mais.
De repente as bolhas pararam. Ana olhou, e ele não estava mais lá.
Restara apenas ela, uma bolinha pequena que logo se rompeu, a caneta e a lição de casa.
Apressou-se. Já era quase sete. Se sua mãe chegasse e não a encontrasse com a lição feita....
Muita bolinha ia sobrar....
Mas outro tipo de bolinha. As bolhas do sabão liquido de lavar louça do jantar. Ela detestava lavar.
Mal sabia ela que este mesmo sabão é que alimentava as bolhas de sua imaginação.
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