Há anos, teve um vereador que foi o mais votado do Recife, o qual usava do expediente de pagar a um carregador(ou chapeado), para levar nas costas, por exemplo, um caixão de defunto, e anotação num papel de nome ou número de rua não existente em determinado bairro: o cara parava numa esquina do centro da comunidade, e, quando chegavam os curiosos, ele dizia que o doutor fulano(nome do candidato), tinha mandado para uma pessoa carente alí falecida e perguntava se alguém sabia aonde ficava aquele endereço. Todos respondiam que não,
com alguns ficando em dúvida, dando sugestão,etc.
Até que passado um prazo razoável, o portador da "encomenda" ia para outra esquina, repetia a "dose", e, de local em local diferente, completava o serviço no bairro.
Assim era feito em outras localidades da periferia(dizem que até simultâneamente). E, quando não era caixão, era máquina de costura para dona Maria da Silva, que ninguém conhecia, e, se conhecesse alguma, não batia com o endereço...
Dessa forma, apelando para o sentimentalismo do povo, o nosso herói foi, em vida, o vereador das massas, e, ao morrer, teve uma multidão incalculável no seu enterro, quando até o cemitério foi depredado.
Talvez, porém, por ter gasto muito com apetrechos para propaganda de nome de bom moço(e que era mesmo, apesar de "artista"..), morreu pobre e a Câmara Municipal custeou seu enterro! |
