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Cartas-->O Marketing do Varejo -- 14/07/2005 - 00:35 (Luis Gonçalves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Marketing do Varejo
Luís Gonçalves
Apesar do calote na moral e no bom costume a vida anda bem melhor do que se possa imaginar. Existe uma tendência de crescimento intelectual bastante significativa.
De repente pode se dizer que o povo brasileiro tenha encontrado a sua própria saída honrosa para tanta crise. Depois disto e daquilo estamos içando vela rumo ao paraíso.
Buscando alternativas inteligentes e bem resolvidas. Sem falar do jeitinho brasileiro. Que isso já é patente histórica de nossas lideranças políticas.
Porém, ainda podemos contar com a virtude e o carisma do nosso povo. Que está acima de qualquer contenda política. Ninguém vai conseguir tirar da nossa gente o que já é nosso.
Faz parte. Tem coisa que veste bem e chega pra ficar. Não adianta certo ET vir cá ensinar como devemos lidar com a nossa corrupção. A corrupção é nossa e nós sabemos como lidar com ela.
Não podemos abusar claro! Mas com jeito, até injeção na testa. Creio que há uma gama de pessoas responsáveis que ainda acreditam nessa possibilidade: o total domínio da técnica pilantrópica na esfera do poder.
Ainda há certa resistência vinda de alguns setores mais conservadores. Mas eu diria que a corrupção veio para quebrar paradigmas. O resto é uma questão de tempo.
A elite política já se sente mais a vontade em estar discutindo esses e outros projetos mais ambiciosos. E isso acaba gerando certa tranqüilidade ao processo.
Alguns puristas ainda resistem à idéia de ampliar o debate. Mas poucos conseguem evitar as enxurradas de promessas e acabam fazendo parte da quermesse.
Geralmente o repertório vem completo. Primeiro faz-se um culto golpe, prepara uma boa ladainha no pé da lata do otário e o cara acaba comprando por misericórdia um pedacinho do paraíso celestial. A escritura é lavrada no fisco.
Tudo é pra lá de lícito. Esse movimento que aí está, de desmoralização da nossa política partidária, tudo é folclore.
Quem está à frente desse projeto são pessoas que não tem nada a ver com a crendice popular. Eles não têm fé, religião, são ateu, quatorze mundo. Estão tentando acabar com a nossa safra de laranja. E isso é complicado.
Por isso boto fé nos nossos peixes graúdos. Mesmo coagidos eles ainda conseguem atrapalhar o processo. Aliás, o povo do cordão está tudo louco para ver a terra tampar o caixão.
Se não fosse os nossos honrados representantes a canoa já estaria cheia d’água faz é hora. Apesar de tudo, nossos laranjas estão maduros, mas não caem. E se cair do chão não passam.
O laranja é uma espécie de agro-negócio do fantasma. Investindo nessa tecnologia de ponta logo teremos um fantasma totalmente transparente e super-produtivo.
Caíra por terra aquele medo terrível do desconhecido mundo sobrenatural. E o agente laranja terá tudo para ganhar a simpatia da sociedade e se estruturar enquanto operador do sistema financeiro. Vale a pena esperar e torcer pelo resultado.
O velório apenas começou. Vamos beber o corpo. A vantagem desses desastres é que depois que a poeira assenta só os vivos se levantam. Tem gente que possui vocação para tudo quanto há.
Existe um tipo de fantasma que causa horror somente com o extrato de sua conta bancária. Mas não passam de devotos funcionários públicos. Coitados, chega dar dó.
Engana quem pensa que eles se alojam em cemitérios mal assombrados. Que andam a fazer orgias pelas noites enluaradas com os lobisomens e mulas sem cabeças.
Balelas. São fantasmas de elites. Operam em alta. Muitos são criadores de mulas sem cabeças apenas como hobby. A maioria curte certa intimidade com a bruxa que anda solta.
Nada que um bom assombro depois da meia-noite de uma sexta-feira treze não possa resolver. Aliás, o fantasma é um fenômeno além da imaginação. Algo prático e assombroso.
É para meter medo mesmo na rapaziada. Sendo assim, espanta os curiosos e a coisa fica mais ou menos preservada. Surge então a possibilidade de estar se criando um ambiente tranqüilo para a realização das operações fantasmagóricas mais avantajadas.
Talvez seja esse o grande atrativo dessa modalidade sinistra. Optando pela versão fantasma Vip, que é uma categoria totalmente redesenhada incluindo alguns recursos inéditos como, por exemplo: a mala preta. Que faz muito sucesso nos bastidores e passa despercebida diante da opinião pública.
O titular da pasta ganha agilidade e penetração junto às negociações que requer sigilo absoluto. Afinal de contas, ninguém vai desconfiar de um fantasma totalmente discreto.
Talvez seja essa a grande vantagem da tecnologia brasileira em criação e desenvolvimento de fantasmas. Modéstia à parte, conseguimos desenvolver um protótipo acima de qualquer suspeita.
Melhor do que o fantasma brasileiro só o Curupira tocando viola de cocho e dançando o cururu.
Vai levar um o quer que embrulhe?
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