Conhecemos o poeta Gildo de Oliveira no, então, Departamento de Contabilidade - DECON - Banco do Brasil - Praça Pio X, 54 - terceiro andar - Rio-RJ, em 1957.
Era nosso chefe, na época, o Sr. Edgard Carvalho de Mendonça, que implicava com o primeiro, por tê-lo visto fazendo versos na hora do expediente.
Certa vez, inclusive, o chefe nos chamou e a outro funcionário, para mostar-nos o vate em sua atividade extra-Banco: ele rascunhava um papel, amassava-o, jogava-o na sexta. Tirava outra folha e repetia o processo. Às vezes apanhava o que tinha jogado fora, desamassava e relia, até encontrar a forma que achava ideal(assim demonstrava pela fisionomia).
Então, naquela oportunidade, "seu" Edgard falou-lhe: "O Banco lhe paga para fazer o serviço pertinente. Deixe esse negócio de verso para um momento oportuno, em sua casa ou noutro lugar."
"Mas, chefe - respondeu o Gildo - é o momento da inspiração: se não fizer logo, a humanidade pode perder uma obra -prima!"
E o chefe, encerrando o assunto, já chateado: "O senhor está passível é de uma medida disciplinar. Deixe para o banheiro de casa a sua "obra" ... |