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Cronicas-->Publico ou não? -- 02/02/2010 - 12:30 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Publico ou não?











Há certos acontecimentos que nos levam a reflexionar de forma mais intensa, mais profunda, como se dentro deles estivesse a explicação de parte da essência da vida cotidiana. Há tantos deles que, de tão importantes, nos provocam tecer Cronicas e publicá-las com brevidade, dado o quase clamor social a exigir-nos do ofício. Há outros que não nos permitem falar em público e aí nós calamos e isso fere bem mais do que os outros procederes. Fazer o quê? Manda quem pode e obedece quem tem juízo. Assim é pautada a vida, cheia de regras, avisos e desavisos.

Mas existem acontecimentos que são maiores do que nossas próprias vontades. É como se eles tivessem pernas independentes e fossem para onde eles quisessem ir, independente da linha editorial do jornal onde são publicados ou do atrevimento do autor. Há dessas coisas, sim, e nós sabemos disso.

Opressos no meu peito existem vários deles. Tenho consciência de que não devo publicá-los nos jornais onde eu escrevo, porque eles careceriam de provas, sob pena de eu ser julgado, condenado e preso. A verdade, sabemos, dói e fere e assusta. Quando uma notícia foguenta é estampada na capa de um tablóide, isso gera consequências as mais diversas. Não devemos jamais ilusionar o leitor, mas, adequarmos ao universo permissivo ou não das linhas editoriais e pronto. Essa condição deve mesmo ser o maior opróbrio de um jornalista profissional que se pensa independente de todos e de tudo. Ledo engano. Não creio que os grandes jornais de direita apreciem popularizar os pontos positivos do outro lado. Os comunistas não toleram as outras facções políticas e vice-versa. Cada macaco no seu galho!

As notícias nem sempre são partilháveis com a sociedade. Há as proibições de ordem cultural, religiosa, etc. Parece-nos que as proibições políticas acham mais facilmente suas justificativas para taxar um determinado artigo de impublicável. Raros são os periódicos que dão pouco ou nenhum valor _a essas regrinhas determinantes de publicação. Há jornais que criam verdadeiras ribaltas para que suas manchetes desfilem publicadas. Outros as escondem para não serem lidas, pondo-as nos rodapés de suas últimas páginas. Enfim, há jornais e há jornais, não é mesmo?

A imprensa cria cárceres e deforma as ideias em forma de notícias. O poder adora os jornais porque é através deles que são geradas as suas vontades. A notícia gera, no mínimo, uma expectativa de verdade. É a partir dela que os fatos são espalhados no boca a boca, no disse me disse. Os grupos políticos cada vez mais se interessam em ter suas próprias redações. A imprensa é poderosa: leva e traz o que deseja. É um moto contínuo de informações. Forma opiniões com certa facilidade.

Há o patuscão e a patuscada. Um grande jornal só se faz com muitos leitores. Notícia apelativa vende mais do que anúncio de funeral.É por isso que os cadernos de literatura são tão finos e escassos. Continua a existir a indesejável proibição. Mas, a concorrência entre os jornais na modernidade, felizmente, tem tornado essa prática indigesta cada vez menos presencial. Ainda bem!


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