Aí pelos anos cinquenta, havia um comerciante muito conhecido em Mata Grande-AL - de pouca instrução, é verdade - mas, com vocação para os negócios e trabalhador. Afinal, uma pessoa bem sucedida.
Católico, tinha até cadeira cativa na Matriz local, com alcochoado e tudo.
Constava, porém, que o "seu" Manuel Argolo Moreira, era uma pessoa fria e vingativa
e havia quem cochichasse sobre possíveis vítimas de pistoleiros por ele contratados.
O que um desses - vulgo "Coisa Ruim" - contou, por exemplo, foi ter recebido a incumbência de "apagar" um desafeto dele, e, tendo regressado do "serviço" num domingo, foi procurá-lo na Igreja. E que, quando "seu" Manuel o avistou, fez sinal para que se aproximasse e disse-lhe: "Estava aqui rezando e me arrependí de mandar matar aquele cara!"
E o pistoleiro: "Chefe, eu já vim orar pela alma dele!" |