Mané é mesmo teu nome
Até parece contigo
Se não conheces tal homem
Que fala mais que eu consigo
Não brinca que ele te come
E te cospe o prego vivo
Meu laço enlaça o que eu quero
E mesmo assim te apresentes
Tá frio, não importa, eu espero
Sentada até que te esquentes
Só peço a ti muito esmero
Para que eu não te aposente
Tamanho não é documento
Embora faça uma vista
Um braço é tal monumento
Interessa a oportunista
Que tá querendo um aumento
Inté nas lentes do oculista
Esse papo de mecânico
Prego, parafuso, rosca
Me soa um pouco estranho
Instrumento de mau gosto
Eu gosto é de cabra satânico
Mas com um anjinho no rosto
Falando em ferro fundido
É gozo, é gusa, é de aço
Te confunde em minhas coxas
Me aquece nos teus braços
Que é como o Zé, meu bandido
Me cativa no pedaço
Se enfim gostares do jogo
E quiseres fazer parte
Te esforces nesse teu fogo
E te aprumes nessa arte
De fazer cordel no gozo
E gozar nessa mènage.