Nem tanto nem tão pouco, mas devemos encher bem mais a realidade com atos proveitosos, condutas decentes, coisas lícitas. Nada se enxerga na amnésia de um vulto ou na força minguante de qualquer paralisia. Acredito piamente que o Presidente lula deve calar seus impropérios e congelar seus rompantes. Isso nos seria deveras interessante saudável socialmente.
Não sei como as autoridades competentes não têm visto nas últimas viagens do Presidente Lula, ao lado de sua fidelíssima "Sancho Pancha" Dilma Rousseff, o espelho presencial, embora indigno e até injustificável dado o discurso antigo de sua conduta política, de uma fantasiosa campanha política pró-presidência da República-2010, antes da hora permitida pelas leis eleitorais brasileiras. O fato está em evidência clara, existe mesmo. O que mais parece é que ninguém quer vê-lo.
Não é necessária nenhuma perícia apurada para que sejam retiradas as mínimas conclusões sobre a efetivação desse abuso eleitoral. O Presidente Lula está, sim, em franca campanha eleitoral. Deseja eleger a Ministra Dilma sua sucessora custe o que custar. Aí ele estará elegendo a primeira mulher Presidenta da República e perpetuando-se no poder por um tempo inimaginável. O que eu vejo de muito errado nisso tudo é usar as viagens governamentais para esse fim. Isso é indevido. Pode não!
Em contrapartida,muito embora no mesmo seio do que aqui discutimos,nunca vi nada igual ao volume imenso de políticos julgados e outros, em boa proporção,condenados por crimes eleitorais cometidos nos dois últimos pleitos. Às vezes, confesso, chego a pensar que certas decisões condenatórias sejam exageradas. Qualquer favor tolo que um político faça poderá levá-lo a cair nas afiadas garras condenatórias da nova justiça eleitoral brasileira. A inelegibilidade é um fato muito real para os que pecam acintosamente, o que jamais ocorria no passado eleitoral brasileiro.
2009 finda e 2010 promete um certo alvoroço político.Elegeremos um novo Presidente da República de linha populista e muito bem apadrinhado pelo Estado? Chegaram até a desenhar um fértil combustível eleitoral chamado PAC, que, infelizmente transformou-se em mercadoria caduca, comum, faltosa. Não vingou a contento. Traduzido, pode ser entendido como um novo nome para significar a morosidade de uma burocracia paralítica demais para sobreviver em pleno século XXI, diante de uma economia globalizada. Fez mais espalhafato do que qualquer outra coisa mais firme. Prometeu ser uma varinha mágica e perdeu a vassoura e o tapete. As urnas serão os mais fiéis instrumentos de reconhecimento ou não dele e de suas ramificações. Que esse tal PAC teve lá seus mínimos de méritos, disso todos nós sabemos, mas, até ele ser um passo alavancado do desenvolvimento brasileiro, é uma outra história bastante diferente. Não sabemos por certo qual foi o desenvolvimento que ele acelerou. Confunde-se a engenhoca do Lula com a ordem para que o que estava estagnado começasse a andar novamente, mesmo que a passos curtos e vagarosos.
Como sabemos e vimos, a República está mudando e para melhor, embora em em um ritmo pouco desejável. Mas caminha. Tomara que sempre caminhe para melhor. Que 2010 seja um ano muito melhor do que este que finda! Ficar de olho nesse povo é muito interessante.
