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Infantil-->A Macaca Colombina na Banda DK -- 10/06/2004 - 21:09 (Vera Ione Molina) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Iniciavam os ensaios das escolas e ela começava a sambar na jaula. Às vezes ficava pensativa, imaginando um jeito de escapar.
Sonhava com fantasias de bailarina, odalisca, colombina. Ela queria sambar, pular, dançar frevo, mas tinha de ser na rua e, de preferência, com uma fantasia e de boca pintada de vermelho.
Todos achavam muito engraçados os espetáculos da macaca. Começava o carnaval na Rua do Perdão e ela ficava de ouvido atento porque sabia que a turma viria para a Perimetral e desembocaria em frente à jaula.
A meninada que freqüentava o parque resolveu fazer votação para escolher um nome para ela, mas tinha de ser nome que figurasse em samba ou marcha do tempo das vovós. Quem sabe Amélia, ou Anália, ou Aurora?
Surgiram as discussões a respeito de cada nome. Amélia não podia porque a mulher não tinha a menor vaidade e era só olhar a pose da macaca acompanhando a discussão para ter certeza de que ela não tinha nada de Amélia.
Aurora não era sincera e também não era o caso. A macaca era carinhosa com as crianças e com os companheiros de jaula, mas se aprontavam alguma para ela, saíssem de perto; gritava fininho e mostrava os dentes como só os macacos sabem fazer.
A discussão prolongou-se por horas, até que uma menininha gritou:
"Eu quero que seja Colombina, pode"?
As crianças pararam, olharam para a menina, depois para a macaca, novamente para a menina e, a seguir, para a macaca e começaram a ebar e aplaudir. Por certo imaginaram a macaca fantasiada de colombina e não deu para resistir.
Colombina ouvia as conversas dos freqüentadores do parque sobre a Banda DK e se entusiasmava cada vez mais. Ela tinha de fugir para a Rua do Perdão e se enturmar com a banda preferida.
De manhã bem cedo, véspera de Carnaval, o funcionário encarregado de alimentar os macacos entrou na jaula e ela saiu pé ante pé, se embrenhando no meio das árvores. Como ela era muito pequena e ágil não foi difícil chegar onde queria sem ser vista.
Escondeu-se numa construção até a tarde e, ao primeiro acorde, saltou fora e misturou-se aos foliões que ensaiavam uns passinhos. Muitos apontaam para ela: que fantasia bonita, como ela está bem caracterizada.
Dançou marcha, frevo, samba e ganhou sanduíche e refrigerante nas barracas.
Haveria eleição para rainha da banda. O pessoal não tirava os olhos da Colombina. Formou-se um grande círculo onde cada candidata entrava para dar uma demonstração. Vieram os rapazes e colocaram a vitoriosa num carro muito alto para pontear o desfile.
Ela sabia que aquele encantamento terminaria no final da avenida, quando chegasse ao parque, mas Carnaval é assim mesmo e ela não se arrependia do que tinha feito, agora, voltando à vida comum, ela teria um montão de histórias para dar mais alegria ao dia a dia da macacada amiga.
Vera Ione Molina
Homepage: www.veramolina.com.br
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