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Cartas-->A Mensagem do Século -- 29/06/2005 - 04:45 (DENIS RAFAEL ALBACH) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A Mensagem do Século

Que o amor seja para com todos autêntico. Não fingido. Não egoísta nem arcaico. Todavia renovado em si mesmo como o sol que nasce pela manhã. Que seja ele o maior vínculo da união de uns aos outros. Que seja doação, entrega verdadeira e a consumação de todo mal interior. Que seja o elo principal da amizade que resiste ao tempo, do sentimento desconhecido que aconchega duas almas, e seja para sempre a maior demonstração de vida na terra.
Que haja paz entre os amigos. E que ela seja o adorno que atrai a procura do perdão. Que ela perdure no vigor da semente plantada, e, nascendo porventura, no lugar antes semeado, cresça e dê os bons frutos a ela atribuídos. Que seja a resposta dos atos humanos e da força do desejo do homem. E tal paz seja enfeitada com as iguarias cobiçadas pelos reis mais poderosos, e que tenha nela a luz da prata e o brilho do ouro, e seja revestida com pedras de rubis, safiras, diamantes e esmeraldas, e também contemplada com a força majestosa das cachoeiras borbulhantes, mas acalentadora e pacífica como o silêncio de um lindo lago manso.
Que as amizades sejam as conquistas de todo dia. E a prova mais singela, mas mais eficaz do aperfeiçoamento humano entre as pessoas. E que seja o desafio mais estimulante e compensador que se refugie no âmago profundo do interesse vital da vontade de ser no outro um apoderador de almas, pois só tem um amigo aquele que faz um irmão. Que as amizades sejam compassivas e destituídas de interesse próprio. Compassivas por morarem na casa da paciência e esperança, pois um amigo não é o que se restringe ao próprio gosto, mas o que aceita e corrige os erros do outro tal como ele é. E os amigos que se perdem sem motivos plausíveis, nunca antes mesmo amigos foram. Mas aquele que espera que os que vão retornem é mais que um amigo, este é um irmão. E se porventura se descobrir com surpresa por situações inusitadas de um amigo, satisfeita estará a tua alma ao perceber que há amigos mais afinados que um irmão. Destituídos de interesses porque aquele que espera, sustenta o orgulho particular que desvincula o amor concretizado. Amigo é o que bate à porta incansavelmente sem que o outro abra; é o que pede sem pressa de receber; é o que busca sem aborrecimentos de não achar, mas ainda não encontrando, outra vez volta ao antigo lugar e bate outra vez, pede de novo e em sua busca reflete a chama que não se apaga, o amor que não se funde, a esperança que não é vã do amor que planta amor e do amor que louva o ser amigo.
Que sejam abençoados os catadores de papel. Que, pois, acompanham a vida em passos lentos e têm mais tempo para pensar. Que não correm e nem se apressam à procura de tesouros corruptíveis, porém vivem um dia por vez. E que sabem que seus melhores amigos são os que moram dentro de si: os seus pensamentos que direcionam o seu andar. Que sejam abençoados todos eles, porque como os maiores ricos do mundo, que moram em palácios e mansões e usam vestes de linho fino e púrpura e comem e bebem de manjares desejosos, na hora finda nada levam senão duas ou três mudas de roupa para proteger os ossos inertes. Bem-aventurados esses homens, que sendo mendigos, também passam pelo mundo, mas não experimentam a soberba da vida, a corrupção desastrosa, os prazeres ilusórios do poder nem maltratam subordinados. Antes, conhecem a si mesmos, pois têm menos amigos com quem falar, e empurrando carrocinhas com papéis dia-a-dia, esses catadores de papel aceitam uma vida regada pela pureza intensificadora da humildade e em sendo homens simples descobrem que a vida é uma vaidade, e nessa passagem o que importa é somar tesouros no céu. Que sejam abençoados os catadores de papel que olhando a vida de baixo para cima, erguendo seus olhos ao céu viram nele o criador do paraíso.
Que as lembranças do passado sejam menos arrebatadoras que a esperança do porvir. Pois um homem só descobre que ele vive quando com a mesma pureza de um bebê é inocente quanto ao que passou e ao que há de vir. Mas, que existindo saudades, não se encontrem no escuro esconderijo do ser que ora triste, de lá verte algumas lágrimas sem voltas como tal é a perda de quem foi. Mas que seja feliz o que confia no reencontro imaginado, daquele que foi antes com o que ficou e chorou a sua ida. E assim, que também seja feliz o que vive pela fé, pois é ela a chave que move o mundo.
Que a fé não seja sem planos, pois os que sonham deitados na grama só recebem capim verde como recompensa do trabalho. Mas que tenha fé e tenha planos o que sonha e o que luta, pois os sonhos são asas que crescem toda vez que se voa mais alto. Que a fé seja para o que crê o sucesso no futuro, antes de tudo a vitória do presente e seja ela inabalável, indestrutível e pequena o suficiente para sê-la maior que um grão de mostarda.
Que os pais sejam sábios e santos para que os frutos que deles virem mais sábios e santos sejam também. Que sejam sábios e santos entre os outros para que seus filhos não sujem as mãos das uvas que os pais espremerem. E que os pais sejam reverenciados com glórias, honrarias e tesouros para que assim se exemplifique as virtudes que foram ensinadas ao caminho que conduz à vida eterna. E sejam rígidos e seguros os pais que com amor e honestidade corrijam seus filhos nos primeiros erros, pois como tal diz o Sábio, melhor é castigá-los do que serem levadas suas almas ao inferno.
Que o perdão seja renovador e que por ele as alianças não sejam quebradas. Outrora, nele haja o anel que casa duas vidas pela contemplação do amor perfeito. Que ele esteja pendurado na porta das vossas casas e pintado com cores fortes e exprimíveis, embora jamais manchado com a ira que denegride o coração, antes seja imaculado, puro e sem defeito como a alma de Cristo na cruz. Que ele recrie a antiga vida e traga outra vez ao caminho a esperança de continuarem juntos pelo percurso, na fidelidade do amor que recupera o que estava perdido e encontrando-o se entrelaça outra vez até a estrada do fim.
Que o trabalho seja o gozo da vida. E seja sábio o que aprende que quanto mais um homem trabalha mais tempo ele tem para se divertir. Que seja agradável e regozijado o fruto da mão do homem, que chegando à sua mesa de casa, não pelo roubo nem pela cobiça satisfaz a sua boca, outrora pelo suor do seu corpo e mente. Que tenha trabalho o homem sem emprego, como tenha o que comer o que tem fome e tenha água o que tem sede. Todavia, nada mais importa do que ter luz o que está nas trevas. Pois quem morre sem trabalho pode ir a um lugar bom, assim como quem morre quem não tem o que comer ou beber, mas um homem que morre sem luz, jamais enxergará a eterna chama que nunca se apaga. Por isso, não importa se viveis sem ter onde repousar vossa cabeça, nem se não tiveres o que comer ou beber ou aonde ir, porque um homem esteve cansado e não lhe deram lugar para dormir, teve fome e não lhe deram de comer, teve sede e não lhe deram de beber, mas tinha luz e não conheceu as trevas.
Que se cure o que está doente. E que cure a sua doença principal que impede de amar ao próximo, impede de sentir a paz que transcende todo o entendimento, impede de ser um amigo fiel, mas que lhe acrescenta os impulsos do ego, tais como as tristezas do ontem e a falta de fé no amanhã. Que se cure o que é falto de amor-próprio e que tem regulado em baixa sua auto-estima. Que se ame o que antes não se amava para que creia na vida e creia que Deus é a vida verdadeira e é a essência do amor. Que creia em Deus o que é ateu e que seja discípulo aquele que é cristão e tenha seus olhos direcionados à vida eterna. Que não se iluda o homem no seu próprio querer, mas que guarde em si a mensagem do século, porque dela foi falada através dos filhos dos filhos dos vossos antecedentes e chegada até o dia de hoje renovando-se pelo perpassar dos milênios, concreta e real que não se desfaz pelos anos-luz. Que seja feliz o que crê em Deus, mas menos feliz do que há de ser aquele que viverá nas moradas preparadas por Jesus. Pois bem-aventurado será aquele que um dia vir o que olhos não viram nem ouvidos ouviram o que Deus preparou para nós. Antes, ame-se o que é carente e sai pelas ruas noturnas em busca de alguém humano que preencha o seu vazio. Ou que sustenta a lacuna em seu peito com os vícios mortais. Mas quem deseja se amar só pode encontrar o amor que dissipa todo o mal naquele que sendo Deus tem por nós um amor arrebatador.
Que siga feliz aquele que crê e não se perca o que já conhece a mensagem do século.

Denis Rafael Albach
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