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Cronicas-->"O Oscar vai para..." -- 04/04/2001 - 13:59 (Luís Augusto Marcelino) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Todo mundo tem o seu dia de glória. O meu, por exemplo, foi em outubro de 1987, ao conquistar o campeonato de futebol de salão no último ano do colegial, sob uma garoa que fez com que o jogo fosse interrompido diversas vezes, até que a quadra lisa oferecesse um mínimo de segurança. Estava cansado de ser vice - o que talvez não seja um trauma para o Marco Maciel. Ganhamos a partida, fiz dois gols, e ainda tivemos a cara-de-pau de dar uma "volta olímpica", com as medalhas de honra ao mérito dependuradas no pescoço e o troféu de meio metro passando de mão em mão. Uns poucos torcedores nos ovacionavam. Depois fomos ao bar do Catatau brindar com cerveja quente e batida de vinho.

- "O Oscar vai para"...

Não tenho a pretensão de ser ator, imagine então de conquistar a tão desejada estatueta... Passa longe dos meus planos. Mas sempre que possível assisto a entrega do prêmio para me divertir. Não que considere as piadinhas insossas dos apresentadores engraçadas. Longe disso! Nem suas caras e trejeitos tresloucados. O que me diverte, de fato, são os discursos e as caras de surpresa dos ganhadores. Na hora em que é anunciado um vencedor, torço para que dê um ataque de sadismo no operador do teleprompter para deixar de saia justa até mesmo o machão Russell Crowe.

- Bem... este filme, "O Náufrago", exigiu de mim mais do que eu imaginava... e, desde Forest Gump, não tinha mais esperança de conquistar outra estatueta...

Pobre Crowe!

Rubens Ewald Filho certamente deve se lembrar do ano em que Kim Bassinger fez um discurso caloroso em favor da minoria indígena americana. De tão emocionada, chegou a soluçar. Julia Roberts - também movida pelo coração, sem muito se preocupar com o script - quebrou o protocolo na edição 2001, segundo os jornais. Parecia mais uma pata maluca no meio do palco. Como diria Marcos Bertucci, meu amigo de longa data, "falou pouco e não disse nada!"

Mas quem sou eu para escrever sobre as reações e atitudes dos ganhadores do Oscar... Se tivesse a oportunidade de estar naquele palco, sob os aplausos indistintos das celebridades de Holywood, certamente não agiria de forma diferente. Acho até que seria obrigado a assinar um contrato me comprometendo a seguir fielmente a cartilha da entrega do prêmio. Mas creio, também, que o fato de ser brasileiro automaticamente faria com que eu recorresse ao improviso.

- Quero agradecer aos meus pais, aos produtores, a minha mulher, à Xuxa e à Marlene Mattos... e também ao açougueiro que me vende carne fiada que é para eu ficar forte e aguentar o tranco no set de filmagem...

Como alguns deles, acho que também tentaria soltar uma piadinha. Sem a menor graça.
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