Fêmea
Helena Kluiser
Eu, fêmea, pequena,
símbolo da cupidez,
que não é serena,
e é.
Que não é morena,
e é.
Que não é triste,
e é.
Que num momento não existe,
e está lá.
Que se vira e vira
numa eterna camaleoa.
Que é leoa
e é cordeira.
Que é simplesmente
inteira.
E é faceira.
E é mulher.
www.helenakluiser.cjb.net
|