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Cartas-->O Mordomo -- 22/06/2005 - 13:11 (Luis Gonçalves) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Mordomo
Luís Gonçalves
Em algum lugar da vida o homem é desconectado de sua essência. A tal doença humana leva o indivíduo a vagar sem eira e nem beira a margem da disciplina.
Por isso somos sinônimos de pessoas no atacado. Totalmente integrados a uma sociedade básica de consumo avançado. Sem dúvida, somos “o certo” nesse mundo objeto.
Quase fora do contexto. Porém com reticências a vista. Por isso tudo é muito suspeito. Desde a marca que se usa até o carro que dirige. A griffe tem tudo a ver e nada mais.
O resto é parte daquele vigor físico não compatível com a nossa estrutura óssea. Detalhe que acaba danificando o desempenho auto-sustentável de cada militante sobrevivente.
Mas e daí? Não existe militante aposentando. Existe sim, militante ultrapassado. Tentando sobreviver das agruras do passado. Resta pouco a comentar a respeito disso.
Durante a infância tudo se encaixa perfeitamente. O nada é um absurdo concreto e possível de conserto. Depois vem a idade adulta e só assim descobrimos que a delinqüência juvenil existe e domina uma esfera mais elevada.
Bem, aí é outra história. O que já era suspeito fica pior ainda. A composição se completa e dali em diante as coisas ganham face e nobreza do status do crime.
Parte disso é o elemento vital das graças da vida. O poder aquisitivo é a maior tentação depois do próprio demônio em vida. Inquilino número um do sonho de consumo de qualquer malandro agulha. Sem dúvida, esse é o mal do século.
Não é difícil entender a manobra de aptidões infantis. Mas ninguém imagina que ela cresça e apareça. Todo mundo tem a sua e o resto se completa. O resto do mundo fica avulso.
Talvez seja o início dessa tal individualidade prestativa. Aquele momento sublime que todo homem acha que tem que dar conta do próprio nariz adunco.
Desanda em alta velocidade atrás da satisfação plena que esquece até de fazer a manutenção dos freios. Numa dessas curvas da vida se depara com a cara de tacho.
E a vida vira um melado. Os adjetivos aumentam, a compreensão diminui e tem tudo a ver com o nada. Sei, lá. A maioria dessas novelas ninguém explica. Só comentam.
Em algum lugar do passado o homem se torna mordomo do mundo: Cuida de alguém ou não sei de quem. Essa é a explicação mais esdrúxula que já ouvi.
Como todo bom zelador é prevaricador. Atenta para a suprema bondade. Começa a abusar da arte de puxar a brasa para a própria sardinha. Um erro ligeiramente grosseiro.
Porém, faz parte do processo. É preciso um diálogo confuso para diagnosticar o resto. Geralmente essas coisas são básicas. Por isso todo mundo é cuidadoso.
Quando a coisa realmente acontece todo mundo fica pisando em ovos para não arranhar a reputação do companheiro. Isso é democracia. Coisa que não se aprende em sala de aula.
Um conjunto inovador para várias estripulias do passado. E não adianta querer trocar o certo pelo duvidoso. Todo mundo tem o direito de errar só não pode ser linchado. Tá certo.
O que ganharíamos com isso? Depois dessa pequena reflexão chegamos a um denominador comum: somos todos suspeitos em potencial. Porque somos o mordomo.
E todo mordomo é suspeito. Claro!, somos mordomos do tipo moderno. Mas ainda velamos o caixão dos nossos Condes Dráculas. Doamos os nossos sangues sem nenhum obséquio.
Faz parte. A intenção é nobre. Alguns têm tudo a ver com isso. Somos um bando de mordomos devidamente bangunçados por sinal. Do tipo: Bandidos! Com arreio apertado.
Alguns levam isso tão a sério que vão até parar atrás das grades. Outros choram a agonia diante da TV. Mas, nada a ver. Acabaram assumindo essa mordomia saudável, e daí?
Tudo isso acontecendo e nós aqui tentando salvar o mundo. Cada qual com sua pá e seu torrão de terra. É instinto, pura propaganda de velhos amigos de praia.
Faz parte daquele mesmo sintoma que desenvolvemos na tenra idade. Lembra aquela velha brincadeira de jogar tijolos na cabeça da galera por cima do muro? É por aí.
A vida adulta recria certas expectativas super palpitantes. Do tipo: gaiola das loucas. Parece mais ou menos perfeito fazer o errado. Ou deixar a coisa desandar.
Essa mania de não entender nada são favas contadas. Só cometemos alguns pecados capitais porque não fazemos o dever de casa como deveríamos.
Quer saber? Acho que nós estamos precisando é de uma mãe. Daquela que sabe manusear um bom relho. Tem gente que anda por aí precisando de uma boa tunda.
Precisamos reeditar os velhos toques femininos á moda antiga. Pé de galinha não mata pinto. Quem tem costa larga é porque ainda não experimentou um bom conselho de mamãe.
Você se lembra daqueles puxões de orelha que entortava até o destino do pivete? Pois sim. Acho que um daqueles quebraria o galho de muito desatinado que vejo por aí. Né?
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