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Cronicas-->A loira da Uniban -- 05/12/2009 - 17:29 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A loira da Uniban




Romper com a lógica de privilegiar alguns e com isso fazer-se injustiça a tantos outros é mais do que indispensável. O país mudou para menos ruim, muito embora esperássemos que ele tivesse mudado para bem melhor. Combatermos ilicitudes na administração do Estado como um todo é reiterar a importància para com um Estado democrático. E para isso é carecido que o cidadão brasileiro fomente a sua capacidade mobilizatória de enxergar mais de perto um modelo justo de desenvolvimento.

As gangues confederadas do crime e que agem principalmente nas grandes cidades brasileiras, deveriam estar sentindo a mão pesada do Estado, através da justiça. É alvissareiro tornar público o poder do governo. Cumprir as leis é ato que deve ser entendido pelo cidadão como algo engrandecedor, uma rotina puramente democrática. Já diz o dito popular que "manda quem pode, obedece quem tem juízo".

Recentemente a República viveu dias desiguais no seio de uma grande universidade. Alunos da Uniban, revoltados, tentaram agredir, até fisicamente, certa mulher loira, por acaso aluna dessa mesma casa de ensino superior, portando uma minissaia e, segundo a multidão de julgadores do comportamento social, tecendo gestos indecorosos com a roupa que vestia e o andar que engendrava. Fico por aqui a pensar, independentemente de está ela vestindo ou não essa roupa dita indecente, excitante, se o que esses alunos fizeram não tenha sido um gesto de autopunição pelos próprios abusos cometidos no dia a dia, quem sabe como a loira mesmo, vendo nela suas faltas ou até mesmo seus excessos. Se roupa medisse possibilidades, a coisa teria que ser mudada radicalmente. Mas, se foi contra a conduta pregressa dessa moça que agiram todos, houve excesso de tolerància para com o indevido que porventura tenha desfilado sobre ela nos dias ou meses ou anos que antecederam o episódio maior. Se havia impasse, por que não desataram os seus nós bem antes? Do mesmo jeito que nós aqui do Ocidente condenamos a burca usada pelas muçulmanas, o que fizeram com a loira da Uniban ficou mais para o Talibã do que mesmo para outra coisa. Pecamos mais por falta do que por excesso.

Uniban, Talibã e todos os outros "ãs" do cotidiano social devem mesmo ser pautados sob a égide da lei, apenas dela. Cabe aos magistrados diluírem os excessos e procurarem o posicionamento mais justo possível no que diz respeito ao cumprimento das liberdades do cidadão. As leis são claras, muito embora nem sempre sejam assim enxergadas por todos. Há os que matam e os que são mortos e, nem sempre a culpa do crime deva estar atrelada aos que sobrevivam. A bioquímica das emoções é algo indescritível de tudo.
Julgar seus efeitos exige do homem um esforço redobrado.

É indiscutível que a loira do já famoso espetáculo da Uniban é bonita, de corpo atraente e de pernas mais ainda. Desfilava pisando muito bem ao chão. Se era ela o espelho de certa história e conduta pregressas, incomuns, aí são outros quinhentos que aqui eu deixo de fora. Eu, assim que li a reportagem em um grande jornal de circulação nacional, imediatamente me reportei ao episódio bíblico que envolveu Maria Madalena. Acredito que tentaram jogar na loira bonita e famosa da universidade Uniban um meteoro de acusações que, quem sabe, jamais tenha sido feito só para ela ou até mesmo para qualquer uma outra mulher sensual e ousada. A carnalidade estava ali presencial demais para ser digerida com um simples olhar, no ambiente falsamente pudico da coletividade das emoções.

Em um país moderno como o nosso, desenvolvido, devemos saber muito bem resolver essas questiúnculas particulares demais para estar sendo expostas ao ridículo midiático da desinformação. Isso é ilógico. Emocional demais para ser resolvido da forma que tentaram. Todos estavam talvez se julgando na figura ímpar da loira da Uniban.O Talibã, pareceu-me, tinha representantes naquela cena toda!
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