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Cronicas-->Claude Lévi-Strauss -- 28/11/2009 - 20:19 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Claude Lévi-Strauss



Nascemos com a fragilidade da espécie e, ajudados por outros seres, crescemos, desenvolvemos asas, mas nem sempre aprendemos a voar sobre as máscaras da vida e seus teatros. Somos, talvez, muito mais frágeis do que os famosíssimos ursos polares. No DNA da espécie humana estão as informações sacrossantas que nos permitem sobreviver livres da derrota na luta entre tantas outras espécies. Atividades árduas.

Nós, pois, nascemos, crescemos, reproduzimos e morremos. Os que veem na vida a força e o valor da reflexão e aprendem com ela para ensinar aos mais carecidos, esses sobrevivem como heróis silentes, porém produtivos socialmente. Já sabemos muito bem que o homem que não vive a servir, não presta para viver. Isso é axiomático demais.
Aos quase 101 anos, morreu na França o antropólogo belgo-francês Claude Lévi-Strauss, como acham outros e eu não discordo: o maior pensador da antropologia moderna que inda sobrevivia bravamente às contra-ordens da vida.

Perto de completar seus 101 anos, morreu como um passarinho, em sua residência parisiense, o famoso pai do "Estruturalismo Moderno", autor de "Tristes Trópicos".

Claude Lévi-Strauss amava o Brasil. Foi um dos professores fundadores da Universidade de São Paulo. Morou aqui entre nós por meia dúzia de anos, mas o suficiente para aprender a amar a alma do povo brasileiro, seus índios, sua cultura. Jamais ele deixou de manter vivos os muitos elos que alimentavam o seu interesse puro pelo nosso povo, principalmente pelos nossos índios. Amava nossa terra como se ela fosse sua segunda Pátria.

Sua vasta obra de cunho antropológico deve ser lida, conjugando-se nela o "Pós-Social". Ela contempla o universo social moderno. É uma obra fascinante, instigante para os leitores mais sintonizados com a antropologia moderna. Para ele foi bastante fácil em cada cultura que conheceu, pesquisou, discutiu, reconhecer sua importància social e o absoluto dever de respeitá-la e preservá-la. Claude Lévi-Strauss viu e enxergou, nos mais variados valores culturais de um povo, a perfeição e a santidade de cada uma em cada uma própria. Nunca as dividiu nem as isolou. Seu maior respeito foi traduzido por seu incansável estudo acerca delas.

Claude Lévi-Strauss marcou época, foi o referencial forte da antropologia moderna, fez discípulos em todos os continentes. Para ele, o original e o transformado deveriam existir paralelamente. Daí o imenso respeito que quem leu sua obra lhe dispensa. Foi um admirável pensador social. Viveu 200 anos nos 101de que temos conhecimento. Merece, pois, nossa indiscutível reverência meritória.
A antropologia moderna está de luto, porém plena de ciência e vida, graças aos conhecimentos somados por ele. Foi, é e será um magnànimo valor científico e cultural para esta geração e as que virão e carecerão buscá-lo quando quiserem saber melhor do homem cultural que inquilinou e continua inquilinando este planeta.

Temos a simpática obrigação de continuar a estudá-lo melhor, agora, próximo de nós apenas pelo coração e através de sua obra. O físico de Levi se foi. Ficaram dentro de nós as suas ideias fabulosas e o seu amor ilimitado pela antropologia.
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