A volta dos exilados à esquina democrática
Athos Ronaldo Miralha da Cunha
A espera foi paciente e longa.
O exilado conseguia notícias de sua família e de seu país. Só não conseguia enviar recados. Muito menos, desejar uma simples e despretensiosa boa noite a um amigo.
Era um exilado, um excluído. E estava conformado com essa situação.
Sonhava com uma redemocratização para poder participar, influir e... desejar boa noite aos amigos.
Foi uma extensa e obscura noite que acabou com a democracia. Uma longa noite de silêncio e espera. O exílio foi relativamente longo. A vontade em participar era a mesma, mas havia um silêncio imposto aos excluídos. O exilado era apenas um observador na esquina. Freqüentava sem ser visto. Passava incólume pelos transeuntes da movimentada esquina democrática e não era reconhecido. Na maioria das vezes voltava cabisbaixo para o aconchego do lar. O exilado era uma pessoa triste.
Mas houve um renascer em que a democracia foi vislumbrada na esquina. Os excluídos voltaram a ser incluídos. Ter acesso a todas as dependências desse nosso universo participativo foi motivo de contentamento. O exilado voltou a sorrir e deixou de se exilado.
As ditaduras não são eternas e o melhor regime ainda é a democracia. Então eis que houve uma abertura, a redemocratização do Quadro de Avisos. Os exilados poderão voltar a acessar o QA.
Pode preparar aquele feijão preto porque eu estou voltando.
Com agradável surpresa que após um “regime de exceção” a democracia voltou a ser restabelecida.
O quadro volta a ser de todos os usineiros.
Saudamos a democracia participativa do Usina.
Crônicas selecionadas.
Almoçou comigo, mas beijou o Irineu
É chique ser ex-revolucionário
Bravatas e gravatas
Os anarquistas julgam Marx
Os radicais livres e o PT
Contos selecionados.
O retorno
O músico e o engraxate
O livro em cima da mesa
Os dois mosqueteiros
Picolé premiado
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Pedro pedreiro
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